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Lula diz que ‘carne chique’ pode pagar ‘impostozinho’ e carnes ‘do dia a dia’, não

Presidente afirmou que é a favor de diferenciação entre cortes isentos de impostos e que já encaminhou medida com ministro da Fazenda, Fernando Haddad

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Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ser favorável à inclusão da carne na cesta básica e que já conversou sobre a medida com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o Tesouro Nacional.

Em entrevista à Rádio Sociedade nesta terça-feira, 2, Lula defendeu uma diferenciação entre os tipos de carne para selecionar os cortes que terão isenção de impostos. Segundo o petista, cortes nobres podem pagar “impostozinho”, enquanto carnes “que o povo consome”, não.

Lula defende 'impostozinho' em carnes nobres Foto: Pedro Kirilos/Estadão

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“Eu acho que nós temos que fazer uma diferenciação”, disse Lula. “Tem vários tipos de carne: você tem carne chique, de primeiríssima qualidade, que o cara que consome ela pode pagar um impostozinho”. Por outro lado, comentou o presidente, “tem outro tipo de carne que é a carne que o povo consome. Frango, por exemplo, faz parte do dia a dia brasileiro. Ovo faz parte do dia a dia brasileiro”.

O petista mencionou o músculo, o acém e o coxão mole como “o que pode ser evitado”. Ele não forneceu mais detalhes sobre a diferenciação entre os cortes que terão isenção tributária porque “tem muita gente importante trabalhando nisso”.

‘Picanha’ foi peça da campanha em 2022

Lula considera que o consumidor de cortes “chiques” pode arcar com a incidência de tributos, mas fez da picanha, peça nobre, uma promessa eleitoral em 2022. Em mais de uma ocasião durante a campanha, Lula afirmou que, se eleito, faria com que a população voltasse a comer um “churrasquinho” da carne. Durante a sabatina ao Jornal Nacional, por exemplo, a menção à “picanha” fez com que o termo disparasse entre os principais assuntos do Twitter (hoje, X).

A regulamentação da cesta básica é um dos temas em debate no grupo de trabalho sobre a reforma tributária na Câmara dos Deputados. A expectativa do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), é de colocar o texto em votação até 17 de julho.

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