SÃO PAULO - Cotado por Jair Bolsonaro para ser candidato a vice-presidente na última eleição, o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PSL-SP) disse que o presidente reconheceu publicamente nesta terça-feira, 13, que escolheu o general Hamilton Mourão (PRTB) porque o ex-presidente do partido, Gustavo Bebianno, armou um dossiê contra ele.
Depois de dizer que o herdeiro da família real poderia ser seu companheiro de chapa em agosto de 2018, Bolsonaro recuou e convidou para o posto Mourão. Na ocasião, o então presidenciável afirmou que o critério da escolha foi a governabilidade.
"Na reunião com o presidente para a formação da Aliança (pelo Brasil, partido que Bolsonaro pretende criar, nesta terça-feira), ele reconheceu publicamente que o Bebianno armou pra cima de mim e montou um monte de dossiês. Baseado nisso ele tomou a decisão pelo Mourão, mas disse que deveria ter sido eu”, disse Orléans e Bragança em áudio enviado a colaboradores e obtido pelo Estado.
O deputado também comentou uma reportagem da Folha de S.Paulo na qual o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou que Bolsonaro desistiu de indicá-lo como vice após de ter recebido fotos “comprometedoras” dele e questionado se o possível vice seria gay.
"Sobre o Frota dizer que tinham fotos minhas fazendo suruba gay e outra denúncia fake que eu batia em mendigo: inventam coisas. Não sou gay e nem sei onde faz suruba gay (risos). Talvez eu ganhe pontos com comunidade LGBT (risos). Isso é fake news do Frota", afirmou o deputado no mesmo áudio.
Procurados, Bebianno e Frota não responderam à reportagem. O Palácio do Planalto não comentou o caso.