Lula assina decreto e diz que a pauta de costumes não pode ‘derrotar a política cultural’

Presidente restabelece regras da Lei Rouanet em evento no Rio ao lado da ministra Margareth Menezes

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RIO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, na noite desta quinta-feira, 23, incentivos públicos aos projetos culturais e a existência do Ministério da Cultura. “Que o governo nunca mais ouse desmontar a experiência e a prática cultural do povo brasileiro”, disse, durante evento no Teatro Municipal do Rio.

Acompanhado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, Lula assinou o decreto que restabelece regras da Lei Rouanet e outros incentivos aos projetos culturais. “Vão dizer que a mamata voltou, que a farra voltou, que o gasto desnecessário voltou. Vocês não devem ficar quietos. A gente não pode permitir que a pauta de costumes possa derrotar a política cultural desse País”, recomendou.

O Presidente Lula e a ministra da cultura Margareth Menezes participam do Ato pelo Direito à Cultura no Theatro Municipal Foto: Pedro Kirilos/Estadão

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No início do discurso, que durou apenas dois minutos, ele justificou a fala curta com bom humor. “Vocês nunca me viram sair de um evento sem falar. Hoje eu estou com a garganta muito ruim e não quero usar a palavra porque eu tenho que embarcar para a China no sábado de manhã e eu preciso estar com a garganta boa para conversar com o Xi Jinping”, afirmou, referindo-se ao encontro que terá com o presidente da China. Lula estava acompanhado pela mulher, Rosângela Lula da Silva, a Janja, e o evento foi prestigiado por vários artistas, como José de Abreu e Antônio Pitanga.

A ministra Margareth Menezes exaltou iniciativas culturais do governo e a recriação do Ministério da Cultura.

Durante o evento, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a petrolífera vai ampliar o patrocínio de projetos culturais. “Estamos hoje a menos de 10% do investimento em cultura, patrocínios, da Petrobras. Vamos voltar para a média do seu governo (das duas gestões anteriores)”, afirmou. “Todas as empresas, lideradas pela Petrobras, devem voltar a valorizar a cultura”, completou.

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