Lula classifica pandemia no Brasil como ‘genocídio’ e afirma que responsabilidades serão apuradas

Presidente diz que não haverá revanchismo durante a gestão, mas que irá garantir a lei

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Foto do author Levy Teles
Atualização:

O presidente empossado Luiz Inácio Lula da Silva relembrou os mortos pela pandemia de covid-19 no Brasil, classificando a como um “genocídio” e disse que as responsabilidades “hão de ser apuradas e não devem ficar impunes”. Durante o discurso, com cerca de 30 minutos de duração, no Congresso Nacional neste domingo, 1º, Lula ainda adicionou que não fará revanchismo durante sua gestão.

“Não carregamos nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei”, afirmou. “Quem errou responderá por seus erros, com direito amplo de defesa, dentro do devido processo legal. O mandato que recebemos, frente a adversários inspirados no fascismo, será defendido com os poderes que a Constituição confere à democracia.”

O presidente ainda falou há um desafio civilizatório em responsabilizar produtores de notícias falsas. Foto: Jacqueline Lisboa/Reuters

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Com elogios à competência do Sistema Único de Saúde, o petista destacou que houve um “paradoxo” durante a pandemia, que pode ser explicado pela condução do governo federal no período. ”Em nenhum outro país a quantidade de vítimas fatais foi tão alta proporcionalmente à população quanto no Brasil, um dos países mais preparados para enfrentar emergências sanitárias, graças à competência do nosso Sistema Único de Saúde. Este paradoxo só se explica pela atitude criminosa de um governo negacionista, obscurantista e insensível à vida. As responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas e não devem ficar impunes”. afirmou.

Ao longo de dois anos de pandemia, 694 mil brasileiros morreram durante a gestão de Jair Bolsonaro.

O presidente ainda falou que há um desafio civilizatório em responsabilizar produtores de notícias falsas. “Defendemos a plena liberdade de expressão, cientes de que é urgente criarmos instâncias democráticas de acesso à informação confiável e de responsabilização dos meios pelos quais o veneno do ódio e da mentira são inoculados. Este é um desafio civilizatório, da mesma forma que a superação das guerras, da crise climática, da fome e da desigualdade no planeta”, disse.

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