BRASÍLIA - A Presidência da República confirmou a data da viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China. A comitiva brasileira parte rumo a Pequim no dia 11 de abril. A ida de integrantes do governo e parlamentares ao país asiático estava marcada para ocorrer no dia 24 março, mas foi desmarcada após Lula ser diagnosticado com broncopneumonia e influenza A.
O presidente ficou seis dias recluso no Palácio da Alvorada para se recuperar das doenças. A primeira aparição pública de Lula ocorreu na última quinta-feira, 30, em evento na residência oficial da Presidência, onde recebeu a taça da copa do mundo de futebol feminino e assinou um decreto de fomento ao esporte. A participação do chefe do Executivo em cerimônias ocorreu no mesmo dia que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retornou ao País após três meses de férias nos Estados Unidos.
Lula ficará apenas quatro dias na China. Na viagem programada para ocorre em março, Lula ficaria cinco dias no País. Desta vez, o encontro com o presidente chinês Xi Jinping deve ocorrer no dia 13 de abril. O retorno da delegação brasileira está prevista para o dia 15 do mesmo mês.
No roteiro da viagem deve constar uma rápida passagem de Lula pela cidade de Xangai, onde fica a sede do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como “Banco dos Brics”.
Lula deve participar da cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Roussef (PT) no comando da instituição. A petista começou a presidir a companhia na última terça-feira, 18, mas a celebração foi adiada por causa da ausência de Lula.
O adiamento da viagem à China para que Lula pudesse se recuperar frustrou os planos dos mais de 200 empresários convidados pelo Palácio do Planalto para participar da comitiva. Mesmo com ausência do presidente, os donos de empresas brasileiras aproveitaram o período no País para promover encontros com os presidentes das companhias chinesas, como mostrou o Estadão.
A ida de Lula à China tem um forte apelo para a agenda econômico do governo. Há a expectativa de que o governo dos dois países celebrem uma série de acordos de cooperação e de transferência de tecnologia, além de discutirem meios de promover a paz na guerra da Ucrânia. Lula e Xi Jinping têm se apresentado no cenário internacional como possíveis mediadores entre o integrante dos Brics Vladimir Putin e as potências ocidentais.
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