BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu neste sábado, 6, em defesa do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, alvo de críticas pela condução das negociações do governo com o Congresso. Em Londres, onde acompanhou a festa de coroação do Rei Charles III, Lula disse, porém, que “Padilha é o que o País tem de melhor na articulação política”.
Nesta semana, o governo enfrentou reveses com o adiamento da votação do Projeto de Lei das Fake News, que não contou com apoio até mesmo na base aliada, e também com a derrubada de trechos dos decretos que alteravam o Marco Legal do Saneamento.
O presidente avaliou que a dificuldade na articulação com o Congresso se deve à necessidade de atender às reivindicações dos deputados. “A coisa mais barata e mais eficaz é a gente cumprir aquilo que a gente promete. Tudo que você trata e não cumpre fica muito mais caro depois. É preciso que a gente seja eficaz e cumpra tudo o que prometa”, afirmou Lula. “O Padilha é o que o País tem de melhor na articulação política. O fato de acertar ou errar, nós temos que pensar o que aconteceu, precisa ver do que estão se queixando os deputados.”
O presidente disse também não ter ficado preocupado com a votação na Câmara que derrubou os decretos que mudaram as regras no saneamento - a primeira derrota do governo no Congresso. Lula afirmou que confia na aprovação da Lei do Saneamento. “São 513 deputados e um articulador e podemos errar, mas vamos acertar”.
Ao falar sobre novos projetos que serão lançados ou retomados neste mês, o presidente voltou a dar recados para os ministros de seu governo. “Em maio vamos lançar, até o final do mês, todos os projetos que nós vamos ter de investimento em infraestrutura, em educação, até o final do mandato. A partir daí fica proibido ministro ter ideia, porque senão fica difícil colocar em prática”, afirmou, durante declaração à imprensa.
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