RIO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na manhã desta quarta-feira, 12, que a exploração do petróleo pela Petrobras na Amazônia na chamada região da Margem Equatorial deverá ser feita “respeitando o meio ambiente” e sem “jogar fora a oportunidade de fazer o País crescer”. O presidente participou de evento do Future Investment Initiative (FII) Institute, organização sem fins lucrativos apoiada pelo FIP (fundo soberano da Arábia Saudita) e 30 empresas globais no hotel Copacabana Palace, na zona sul do Rio.
“A hora que começarmos a explorar a chamada margem equatorial, eu acho que a gente vai dar um salto de qualidade extraordinária. Queremos fazer tudo legal, respeitando o meio ambiente, respeitando tudo, mas nós não vamos jogar fora nenhuma oportunidade de fazer esse País crescer, de fazer com que esse país, junto com a Arábia Saudita nos Brics, possa criar uma nova forma de investimento, possa criar um novo sistema de tratamento das pessoas”, afirmou Lula.
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A margem equatorial se estende por mais de 2,2 mil quilômetros. A Petrobras cita descobertas recentes de petróleo na costa da Guiana, Guiana Francesa e Suriname para justificar o potencial exploratório da região. Um dos pontos de atenção do Ibama e de ambientalistas é que a Bacia da Foz do Amazonas, nas proximidades, é considerada uma região de extrema sensibilidade socioambiental.
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Após o discurso de abertura do evento para investidores no Rio, Lula disse em entrevista coletiva que o debate técnico precisa ser feito e que “o problema é que no Brasil tudo é polemizado”.
“Temos um debate técnico que precisa ser feito. O problema é que no Brasil tudo é polemizado. Você tem petróleo em um lugar, a Guiana está explorando, Suriname está explorando, você vai deixar o seu sem explorar? Então precisamos garantir que a questão ambiental será levada 100% a sério. Isso vamos garantir”, afirmou.