Lula diz que pedidos de cargos no governo por aliados são demandas normais

Presidente justificou decisão de abrir postos no Executivo para indicados por partidos como o PP do presidente da Câmara, Arthur Lira

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Foto do author Caio Spechoto
Atualização:

BRASÍLIA – Após abrir espaço em seu governo para abrigar indicados de partidos do Centrão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a aliados que demandas de congressistas “são normais”. As declarações foram dadas em uma reunião fechada com líderes de partidos aliados no Palácio do Planalto na manhã desta terça-feira, de acordo com relatos de fontes ao Estadão/Broadcast.

O presidente também elogiou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e disse aos presentes que ele está firme no cargo. Responsável pela articulação política do governo, Padilha foi alvo de críticas de congressistas em diversos momentos do ano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve primeiro encontro com aliados após a indicação de novos ministros Foto: André Borges / EFE

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Essa foi a primeira reunião de Lula com líderes aliados desde a reforma ministerial que incluiu o PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira, e o Republicanos na Esplanada dos Ministérios, em setembro. O petista, segundo apurou o Estadão/Broadcast, mencionou que acha esse tipo de compromisso importante e que fazia mais desses em sua primeira passagem pelo Planalto.

Lula expressou aos aliados presentes na reunião que não quer contingenciar despesas em 2024. Segundo pessoas que participaram do encontro, o petista deu a entender que pretende executar todos os gastos previstos no Orçamento que for aprovado para o próximo ano.

O petista também voltou a indicar que poderá alterar a meta fiscal para 2024. Na sexta-feira, 27, o presidente disse que o objetivo não precisa ser zerar o déficit, como vem pregando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A declaração de Lula expôs Haddad e praticamente sepultou as chances de a meta de déficit zero ser mantida na Lei de Diretrizes Orçamentárias do ano que vem, que ainda precisa ser votada.

Lula pediu a seus aliados do Congresso empenho para aprovar medidas que aumentem a arrecadação como forma de melhorar o resultado fiscal sem precisar reduzir os programas já lançados pelo governo. A linha de raciocínio é que, dessa forma, a redução do déficit seria uma consequência e a meta poderia ser alterada.

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