Lula diz que Bolsonaro inelegível é ‘problema da Justiça’ ao comentar decisão do TSE

Presidente afirma que julgamento ‘não mexe com a tranquilidade do governo’

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Por Thaís Barcellos
Atualização:

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado, 1.º, que o julgamento que declarou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por oito anos é um “problema da Justiça” e não afeta a tranquilidade do governo.

”Isso é um problema da Justiça, não é problema meu. Ele sabe o que fez. Se ele acertou será recompensado, se errou, será julgado e punido. Esse é um problema da Justiça que não mexe com a tranquilidade do governo”, disse após visitar o treino da seleção brasileira feminina de futebol, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Lula se encontrou com a Seleção Brasileira Feminina de Futebol Foto: Wilton Junior/Estadão

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Na ocasião, Lula também minimizou denúncias de corrupção na construção e reforma de estádios da Copa do Mundo de 2014 e defendeu a realização do Mundial Feminino de 2027 no Brasil.

Foi a primeira vez que o presidente se pronunciou sobre a decisão desfavorável a seu oponente na eleição de 2022. O julgamento de Bolsonaro terminou na tarde desta sexta-feira, 30, e até o início da tarde deste sábado, ministros e aliados do petista já haviam celebrado a condenação, mas Lula ainda mantinha silêncio sobre o assunto.

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Em manifestações de aliados sobre o caso, o ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a afirmar que enviará um requerimento para a Advocacia-Geral da União (AGU) para analisar uma possível indenização de Bolsonaro “pelos danos causados ao Poder Judiciário e à sociedade”.

Já a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que “o tribunal condenou os métodos da extrema direita” e citou o jargão “grande dia”, frequentemente usado por Bolsonaro com seus apoiadores nas redes sociais.

Questionado se haverá troca no Ministério do Turismo essa semana, Lula desconversou e disse apenas que, “quando fizer (mudança), vocês vão saber”. Há expectativa pela troca no comando da pasta, hoje liderada pela ministra Daniela Carneiro, pelo deputado federal Celso Sabino.

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