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Lula diz que Bolsonaro usa religião para ganho eleitoral ao discursar para evangélicos no Rio

Ex-presidente diz que ninguém deve utilizar ‘o nome de Deus para ganhar votos, como é feito hoje’

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Foto do author Rayanderson Guerra

RIO - Diante de cerca de 5 mil evangélicos, o ex-presidente e candidato ao Palácio do Planalto pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, acusou o presidente Jair Bolsonaro de “usar a religião e as igrejas” para ganhos eleitorais. À plateia reunida em São Gonçalo, município da Região Metropolitana fluminense com forte presença neopentecostal, Lula afirmou ainda que o Estado não deve ter religião nem igreja. Uma das estratégias de Bolsonaro tem sido defender pautas conservadoras de igrejas ligadas ao neopentecostalismo, em cultos e nas Marchas para Jesus pelo País.

“O Estado não deve ter religião, não deve ter igrejas”, disse Lula no encontro desta sexta-feira, 9. “Ninguém deve usar o nome de Deus para ganhar votos, como é feito hoje. Já fui candidato cinco vezes. Nunca fui pedir votos em igrejas. Se tem um brasileiro que não precisa provar que acredita em Deus, esse brasileiro sou eu.”

Lula se reúne com pastores em São Gonçalo (RJ) Foto: André Coelho/EFE

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O petista relembrou que foi criada em seu governo a Lei de Intolerância Religiosa, em 2003. Prometeu fazer um governo sem distinção de cor, credo ou classe social. O ato eleitoral contou com a participação de pastores da Assembleia de Deus e das igrejas Batista, Quadrangular, Presbiteriana, entre outras. O encontro começou por volta das 10h, com discursos de líderes religiosos em defesa do ex-presidente Lula.

Os pastores, presbíteros e missionários evangélicos fizeram ainda uma oração pelo ex-presidente ao fim de seu discurso. Com as mãos levantadas, oraram pela vida do petista, pediram para Deus “cuidar da saúde do ex-presidente”. Também clamaram para que Lula seja eleito no primeiro turno das eleições. O ex-presidente permaneceu de cabeça baixa durante a oração.

Ex-presidente promete retomar programas sociais

Durante o comício, Lula prometeu a retomada de programas sociais que marcaram a sua gestão, como o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e o investimento em universidades públicas. Ele também voltou a defender a ampliação de direitos trabalhistas e a criação de empregos. O petista seguiu a estratégia da campanha e priorizou questões econômicas e sociais ao falar ao eleitorado religioso.

“Colocamos o Bolsa Família no nome da mulher porque elas têm mais responsabilidade que homens (...) A Carteira Verde Amarela (proposta do governo Jair Bolsonaro) cortou direito a férias, Natal, Ano Novo. O povo precisa de garantias. Vamos voltar a ter aumento de salário mínimo todo ano”, disse o ex-presidente ao lado de seu candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB).

Os discursos foram intercalados com vídeos de campanha voltados para o público evangélico e apresentações gospel.

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