BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que proibiu a entrada de telefone celular em seu gabinete sob a justificativa de “humanizar as relações humanas”. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, o petista fez críticas ao que considera uso abusivo do aparelho.
“No meu gabinete da Presidência, ninguém entra com telefone celular. O cara marca uma coisa com o presidente e, daqui a pouco, o cara está lá, o presidente sentado, e o cara no celular, conversando com alguém que ele não marcou audiência”, declarou.
Lula afirmou que não quer ficar dependente digital. “Não preciso saber de notícias às 5h, 6h. Eu me levanto, vou trabalhar às 8h, quando chegar ao meu serviço, quero saber de todas as notícias”, contou.
A mesma postura, segundo ele, ocorre ao final do expediente. “Se não tiver algo muito grave, não precisa me ligar”, disse. “Não vou perder meu sono por causa de uma matéria (me atacando)”, acrescentou. “Não vou pegar o telefone e ligar para a empresa, que publique, eu leio no dia seguinte.”
“Não preciso de notícias que não têm nada a ver comigo, é preciso ser seletivo no que você vê”, declarou. “Tenho meu tempo e o celular tem o dele.”
O petista disse que orienta seus assessores a ligarem para as pessoas com quem deseja falar, em vez de mandar mensagens ou deixar recado. “Comigo não tem isso, comigo é o seguinte: ligue. Fale ‘Bom dia; Boa tarde; Boa noite, o presidente quer fazer reunião, pode comparecer’”, afirmou.
Nesta manhã, o Brasil irá assumir a presidência rotativa do Mercosul. O chefe do Executivo brasileiro disse que quer fazer uma gestão “exemplar”. Na agenda na Argentina, o presidente também irá anunciar a retomada das obras do campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
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