O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta quinta-feira, 25, do evento de abertura das comemorações do 90º aniversário da Universidade de São Paulo (USP), coincidindo com o dia da celebração da fundação da capital paulista. A solenidade ocorreu na Sala São Paulo, no centro da capital, e incluiu um concerto da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp). No evento, ele afirmou que uma só USP é pouco para o Brasil e que é preciso ter universidades com o mesmo grau de excelência em outras regiões.
“Quero agradecer a vocês pela existência da USP. Sinceramente, eu acho que ter uma USP, apenas uma grande universidade no ranking mundial das 100 melhores universidades, é muito pouco. É muito pouco, querido Camilo Santana (ministro da Educação), nós precisamos de mais. Não uma USP em São Paulo, mas quem sabe uma USP em cada Estado desse país”, afirmou em discurso de encerramento do evento.
O discurso de Lula foi marcado por afagos ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e ao ministro Fernando Haddad (PT). O presidente também aproveitou a oportunidade para relembrar o primeiro grande comício pelas Diretas Já, que ocorreu no dia 25 de janeiro de 1984, e criticar a situação atual do centro da capital, que registrou um aumento na população em situação de rua no último ano.
Embora a universidade seja financiada com recursos do governo do Estado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não compareceu ao evento. Em novembro passado, ele foi criticado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após posar para foto ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).
O Palácio dos Bandeirantes informou, por meio de nota, que Tarcísio cumpriu agenda na capital nesta quinta. “O governador reitera sua admiração e respeito pela instituição, que há décadas inspira e forma profissionais e líderes nas mais diversas áreas do saber”, diz o texto.
Além de Lula, também participaram do ato a primeira-dama Janja Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, com a esposa Maria Lúcia Alckmin, e ministros como Nísia Trindade (Saúde), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Fernando Haddad (Fazenda), Camilo Santana (Educação) e Silvio Almeida (Direitos Humanos). Outros nomes presentes foram Ricardo Galvão, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o procurador geral de Justiça, Mário Sarrubbo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e o secretário de de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Paulo, o ex-reitor da USP Vahan Agopyan.
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