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Lula diz que vai conversar com mercado na ‘hora que tiver interesse’

Ex-presidente, que tem se esquivado de sabatinas com empresários, afirma que não indicará economista para falar em seu nome sobre plano de governo

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Foto do author Giordanna Neves
Por Matheus de Souza e Giordanna Neves (Broadcast)
Atualização:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 31, que conversará com integrantes do mercado no momento em que “tiver interesse” e que não indicará nenhum economista para dialogar sobre propostas do PT em seu nome.

“O mercado precisa conversar com o candidato a presidente e a hora que eu tiver interesse eu vou conversar com o mercado”, afirmou o presidente em entrevista à Rádio Bandeirantes ao ser questionado sobre quem é interlocutor do partido com o mercado. “Não vou ficar indicando economista, tenho 90 participando do grupo e trabalho. Não vou queimar um ou outro economista”, disse.

O ex-presidente Lula em entrevista à Band; petista tem optado por encontros a portas fechados, com convidados seletos. Foto: Reprodução/Youtube/Lula

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Sobre a atuação do economista Pérsio Arida, que negou colaboração com a campanha de Lula, o ex-presidente afirmou que ele foi indicado pelo pré-candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB) e participou de conversas junto a Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT. “É razoável que se converse, não somos donos da verdade. Queremos conversar com todo mundo”, enfatizou.

No sábado, o Estadão revelou que Lula, sem um plano de governo pronto, tem fugido de sabatinas com empresários. O petista vem se esquivado de debates públicos com executivos para evitar desagradar aliados antes de haver consenso sobre as propostas a serem apresentadas na disputa pelo Palácio do Planalto. Para esses eventos, Lula tem escalado apoiadores mais próximos.

Em evento promovido pela XP Investimentos neste mês, por exemplo, o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Alexandre Padilha (SP) foi o emissário de Lula. Entre os eventos que Lula já recusou está a participação no CEO Conference, do BTG, em fevereiro.

Lula tem optado por encontros a portas fechados, com convidados seletos. Essa estratégia, como mostrou o Estadão, vai perdurar até que o ex-presidente tenha seu plano de governo alinhado com aliados.

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