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Celso Sabino acena ao Congresso e cita parceria com iniciativa privada para turismo na posse

Deputado federal licenciado assumiu como titular do Ministério do Turismo em julho; cerimônia foi realizada nesta quinta-feira, 3. Ele foi alçado ao cargo por um acordo entre o governo e o União Brasil

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Foto do author Sofia  Aguiar
Foto do author Caio Spechoto
Atualização:

BRASÍLIA – O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA), em cerimônia de posse nesta quinta-feira, 3, disse ter o objetivo de atingir “a casa dos dois dígitos” na contribuição do setor com o Produto Interno Bruno (PIB). Ao falar sobre programas que pretende lançar durante sua gestão à frente da pasta, com participação da iniciativa privada, Sabino falou que será “fundamental” uma interlocução do Turismo com o Congresso e com os ministérios, diante de uma reformulação na Esplanada realizada pelo governo.

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”É um desafio que aceito com determinação e humildade, mas com muita confiança, especialmente por ver muitos amigos e líderes aqui na frente”, disse o ministro, durante solenidade de posse no Palácio do Planalto.

Sabino detalhou iniciativas que estarão presentes no Plano Nacional de Desenvolvimento do Turismo, com metas para cinco anos, que será apresentado no mês que vem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Celso Sabino toma posse como ministro do Turismo Foto: Wilton Junior/Estadão

”Vamos estimular o ‘stopover’, a partir de parcerias entre companhias aéreas brasileiras e estrangeiras, que permitirão ao turista estrangeiro visitar mais de um destino nacional, além daquele adquirido inicialmente”, declarou.

“Vamos propor descontos nas entradas de atrativos e parques nacionais a quem estiver visitando o Brasil pela primeira vez”, disse, citando também um estímulo à produção cinematográfica e campanhas publicitárias dentro e fora do País.

Sabino também falou sobre a parceria que pretende construir com o Ministério de Portos e Aeroportos, sob gestão de Márcio França, para disponibilizar passagens aéreas e hospedagem a preços acessíveis, além do “Conheça Brasil”, que estimulará, por meio da iniciativa privada, descontos para pessoas “da melhor idade e de baixa renda” para conhecer o País.

”Temos a convicção de que o setor de turismo pode alavancar a economia do nosso País, gerando riquezas da ordem de um pré-sal, senhor presidente. e de forma sustentável, pois é uma indústria sem chaminés”, afirmou.

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Lula e Lira chegaram juntos

O evento ocorreu no Planalto e teve a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que desceu a rampa ao lado do presidente Lula.

O deputado federal licenciado foi oficializado como novo ministro do Turismo em 14 de julho, na publicação do Diário Oficial da União (DOU). A solenidade foi marcada após o recesso parlamentar, para garantir a presença dos membros do Congresso no evento.

Dentre as principais autoridades presentes, estiveram os deputados federais Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA), o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

O novo ministro do Turismo foi alçado ao cargo por um acordo entre o Palácio do Planalto e o partido dele, o União Brasil, para melhorar a governabilidade do governo. Diante de uma base ainda frágil no Congresso, o chefe do Executivo discute uma reforma ministerial para acomodar partidos do Centrão. Além do União Brasil, estão em discussão indicações do PP e Republicanos à Esplanada.

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

A troca no Turismo foi feita para acomodar os interesses do União Brasil. Desde o início do governo, a bancada do partido na Câmara se sente sub-representada na Esplanada. Os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Juscelino Filho (Comunicações), da cota da sigla, são considerados indicações de Alcolumbre.

A ex-ministra do Turismo, Daniela Carneiro, exonerada para Sabino ocupar a vaga, era tratada como uma escolha pessoal de Lula. Como Daniela recorreu à Justiça Eleitoral para deixar o União Brasil, o partido vinha, há mais de um mês, pressionando o Planalto para trocá-la por Sabino. Lula, contudo, queria planejar uma “saída honrosa” da agora ex-ministra.

Em entrevista ao Broadcast Político após nomeação à pasta, o agora ministro afirmou que trabalhará também para aumentar a rapidez na execução de emendas no ministério. “Pretendemos trabalhar para ter celeridade na execução das emendas e, o mais breve possível, ter essas obras entregues, parlamentar feliz, o povo da sua região feliz e o Brasil e o turismo sendo desenvolvido”, declarou à reportagem.

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