O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 9, que o povo brasileiro seria merecedor de um Prêmio Nobel, caso existisse a categoria “solidariedade”. Lula agradeceu ao restante dos brasileiros por se solidarizarem com os gaúchos, que enfrentam a pior crise climática da história do Estado, e afirmou que, de outro lado, existe uma “minoria perversa”.
“A solidariedade é uma coisa excepcional, eu acho que se um dia tiverem que dar um Prêmio Nobel de solidariedade ao povo de algum país, eu não tenho dúvida que o povo brasileiro receberá esse prêmio. Porque é um povo muito solidário e muito generoso, apesar de alguma minoria ser tão perversa como é”, disse o presidente.
Após elogiar a solidariedade dos brasileiros, Lula disse, entretanto, que existe um “outro lado”, com “pessoas torcendo para a desgraça aumentar” e a quem se referiu como “quadrilha de malfeitores”.
“É só você ver a quantidade de fake news, a quantidade de provocações, a quantidade de mentiras, a quantidade de leviandades. Pessoas que não levam em conta o sacrifício de gente que está trabalhando no Rio Grande do Sul. Muitas vezes, as pessoas têm dormido duas ou três noites e estão sendo ofendidas, xingadas, por uma quadrilha de malfeitores que estão tentando atrapalhar o sossego de quem quer trabalhar”, disse o presidente.
Nas redes sociais, a crise do Estado gaúcho é agravada pela disseminação de conteúdos falsos. Além de provocar pânico, a circulação de desinformação pode prejudicar a população e atrapalhar operações de resgate e doações. O Estadão Verifica preparou um material com dicas para não cair em notícias falsas sobre a crise.
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A declaração de Lula ocorreu durante anúncio do governo sobre as medidas de socorro para o Estado, que passa pela pior tragédia climática já enfrentada.
O último balanço divulgado na manhã desta quinta mostra que o número de mortos chegou a 107 pessoas. Há 136 desaparecidos, além de 67 mil em abrigos. O total de municípios atingidos é de 425. A crise de calamidade pública causada pelas enchentes foi comparada a uma situação de guerra pelos ministros presentes na coletiva de imprensa com o presidente.
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