BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou da ausência do prefeito do município baiano de Teixeira de Freitas, Marcelo Belitardo (União), na inauguração de um hospital estadual nesta sexta-feira, 10. Lula afirmou que o chefe do Executivo municipal deveria “ter vergonha” e estar sentado no palanque para agradecer a ele e ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT).
“Eu não o conheço. Não sei se ele é baixo, se ele é alto, se ele é preto, se ele é branco, se ele é gordo ou é magro. Eu não o conheço. Eu só quero dizer para vocês que é uma falta de respeito do prefeito não estar aqui agora na inauguração. Agradecendo ao governador Jerônimo por ter feito um hospital aqui. Agradecendo ao Lula pelo hospital aqui, pelas escolas técnicas”, afirmou.
Lula ainda afirmou ser um “orgulho” a inauguração do hospital na cidade do prefeito que, segundo o presidente, é adversário dele e do governador baiano. “É por isso, Jerônimo, que eu tenho orgulho de ver um caboclo negro (em referência ao chefe do Executivo estadual) inaugurar um hospital de R$ 200 milhões em uma cidade onde o prefeito é contra nós”, disse.
“Eu jamais ia perguntar de que partido ele é, eu jamais ia perguntar se ele é torcedor do Bahia ou do Vitória, eu jamais ia perguntar se ele é católico ou evangélico. Ele tinha que ter vergonha e estar sentado aqui, agradecendo o que nós estamos fazendo aqui, que é para cuidar de vocês”, completou o presidente.
O Estadão procurou Marcelo Belitardo, mas não obteve retorno.
Nesta sexta-feira, 10, Lula inaugurou o Hospital Estadual Costa das Baleias, que vai servir o Extremo Sul baiano. O prédio tem 216 leitos, sendo 30 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo o governo do Estado, a unidade vai funcionar com toda a oferta do Sistema Único de Saúde (SUS), com pacientes admitidos através da Central Estadual de Regulação.
Na manhã desta sexta, Lula entregou, ao lado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), 914 residências do programa Minha Casa Minha Vida em Maceió, capital de Alagoas. Durante a cerimônia, o presidente perguntou a uma mulher, que tem cinco filhos e é beneficiária do programa, “quando ela vai fechar a porteira?”, questionando se ela pretende ser mãe novamente.
“Quando eu entrego a chave para uma pessoa, aquela menina que tem um monte de filho, ela tem cinco filhos. Eu falei: companheira, quando é que vai fechar a porteira, companheira? Não pode mais ter filhos, ela tem 27 anos de idade”, disse o presidente.
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