Lula se encontra na China com montadora de veículos elétricos que negocia fábrica na Bahia

Chineses podem assumir planta industrial da Ford no Estado baiano; BYD, na China, produz mais de 400 mil veículos elétricos

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Foto do author Altamiro Silva Junior
Atualização:

ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM - O presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quinta-feira (13) em Xangai com o CEO da empresa de veículos elétricos BYD, Wang Chuanfu. A companhia chinesa negocia uma fábrica de automóveis elétricos em Camaçari, na Bahia.

Presidente e ex-presidente se cumprimentam na chegada do petista à China, enquanto Rodrigo Pacheco desce a escada do desembarque. Foto: Ricardo Stuckert

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Na reunião, acompanhada por ministros e governadores que estão na comitiva, o CEO da empresa falou sobre as políticas chinesas que permitiram o desenvolvimento na China de uma indústria de veículos elétricos, tanto de carros de passeio para ônibus de transporte público.

O governador da Bahia, Jeronimo Rodrigues, participou do encontro com Lula na tarde desta quinta-feira.

O govenador chegou à China antes da comitiva de Lula e visitou no domingo, 9, duas fábricas da BYD, uma que fabrica carros elétricos e outra que faz ônibus elétricos. As duas unidades produzem mais de 400 mil veículos por ano. “Vamos batalhar para levar essa indústria para Bahia”, declarou o governador. A empresa chinesa negocia com a Ford assumir a planta industrial da montadora americana no polo industrial de Camaçari.

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Objetivos do encontro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou nesta quinta-feira sua terceira visita de Estado à China. O objetivo do governo brasileiro é “relançar” as relações com o país asiático, que desde 2009 é o principal parceiro comercial do Brasil, mas que no governo de Jair Bolsonaro foram alvo de críticas.

O presidente Lula discursou na cerimônia de posse de Dilma Rousseff como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento. Foto: Ricardo Stuckert

Fala sobre o dólar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em seu primeiro discurso na China, o combate à pobreza e as reformas de organismos multilaterais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional e afirmou que o Brasil “está de volta” ao cenário internacional após uma “inexplicável” ausência. Mas o presidente foi além, questionando o motivo pelo qual os países precisam do dólar para lastrear seus negócios.

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