Lula se reúne com indígenas, e povos originários pedem ajuda contra grileiros

Ex-presidente visita área preservada da floresta amazônica nas cercanias de Manaus e recebe carta em defesa da Amazônia

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Foto do author Eduardo Gayer

MANAUS – Em área preservada da floresta amazônica nas cercanias de Manaus, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou nesta quarta-feira, 31, de uma roda de conversa com indígenas e lideranças locais ligadas à preservação do meio ambiente. Entre os discursos, marcados por lembranças a Chico Mendes e críticas ao presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), representantes dos povos originários pediram ajuda contra a ação de grileiros.

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”No meu Estado, tem território indígena invadido por madeiros, por grileiros. Estão destruindo a nossa terra. Muitas vezes, a gente se sente à mercê. O órgão que deveria estar protegendo a gente está nos abandonando, como a Funai. A gente não aguenta mais isso”, afirmou, emocionada, Marciely Tupari, representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB).

Lula recebeu carta do movimento “Salve o INPA”, formado por pesquisadores, técnicos, estudantes e bolsistas. O texto acusa o atual governo de contingenciar o orçamento do órgão. “É preciso entender que a gestão e governança da Amazônia só será possível ouvindo e dialogando com suas muitas nações indígenas. Essa guerra precisa acabar”, afirma a carta.

O candidato à Presidência cumpre agendas em Manaus acompanhado pela esposa, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja; pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Omar Aziz (PSD-AM), candidato à reeleição com apoio do PT, e Eduardo Braga (MDB-AM), postulante ao governo estadual.

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Após roda de conversa com representantes dos povos indígenas na Floresta Amazônica, o petista disse não ser possível chamar entregadores de aplicativos de “pequeno empreendedor”. O candidato do PT prometeu, se eleito, regulamentar a profissão.

Para Lula, o trabalho formal, com direitos, foi substituído pelo informal. “No meu tempo de criança, era chamado de bico, de biscate. Hoje dão a esse tipo de emprego informal o nome de pequeno empreendedor, que na verdade são as pessoas que trabalham entregando, sentindo o cheiro da comida que não pode comer”, afirmou o petista.

”É por isso que precisamos regulamentar o pequeno e médio empreendedorismo no país. Queremos que pequenos empreendedores tenham respeito, tenham direito de sobreviver, de descansar aos finais de semana, direito de ter férias, seguridade social”, seguiu.

O petista disse que é novamente candidato ao Palácio do Planalto para fazer mais do que fez no passado. “Não posso voltar para fazer menos ou igual ao que eu já fiz”, afirmou.

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