BRASÍLIA – Antes do início da eleição na Câmara, nesta quarta-feira, 1º, a bancada de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a oposição travaram uma batalha de “gritos de guerra”. Deputados federais do lado petista e aqueles que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disputaram quem cantava mais alto no plenário da Casa.
Do lado esquerdo, apoiadores do petista puxaram “olê, olê, olê, olá; Lula, Lula”. Do lado direito, a oposição respondeu com “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”. Deputados de esquerda voltaram a homenagear o presidente e emendaram com um grito contra o ex-presidente Jair Bolsonaro: “sem anistia, sem anistia”.
Cerca de 10 minutos depois, o grupo bolsonarista se juntou e xingou Lula novamente. De celular em punho, os deputados filmavam e gritavam. Os apoiadores do presidente responderam.
Deputados apareceram com um adesivo escrito “Fora Lula” e “Fora Ladrão” tanto na cerimônia de posse, pela manhã, como na votação para a presidência da Câmara, pela tarde.
Além de mensagens contra o chefe do Executivo, os parlamentares expuseram uma faixa contra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tenta a reeleição contra Rogério Marinho (PL-RN). A placa “Pacheco Não” apareceu na mão de deputados bolsonaristas como Gustavo Gayer (PL-GO). “Vamos para cima porque paz não vai ter aqui. Vai ter guerra. Fizeram quatro anos de guerra com a gente”, afirmou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) em vídeo gravado nas redes sociais.
Como mostrou o Estadão, as redes foram palco da principal estratégia de congressistas bolsonaristas – uma repetição da organização da campanha de Bolsonaro à Presidência. Um site agregou o telefone e e-mail de senadores indecisos para que militantes possam pressioná-los pelo voto a favor de Rogério Marinho para a presidência do Senado.
Já os deputados do PT organizaram uma caminhada conjunta ao plenário da Câmara com gritos de apoio a Lula.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.