O ex-prefeito Paulo Maluf, deixou o Ministério Público Estadual escoltado por um carro com quatro agentes da Polícia Federal que o levaram para a casa de Custódia da PF (na Rua Piauí), no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Maluf estava depondo para os promotores que investigam os supostos depósitos do qual ele seria beneficiário na Ilha de Jersey, quando os agentes policiais chegaram e minutos depois o advogado do ex-prefeito José Roberto Leal também chegou, muito tenso, ao prédio do Ministério Público. Por volta das 15h os agentes saíram escoltando o carro de Maluf. Não há informações sobre a causa da movimentação da Polícia Federal. O promotor Sérgio Marques, responsável pelo inquérito deverá falar com a imprensa nos próximos minutos. A Assessoria de Imprensa do ex-prefeito divulgou uma nota em que Maluf reafirma que não tem contas no exterior e que está sendo vítima de perseguição do Ministério Público. Barrado na garagem O ex-prefeito Paulo Maluf não pôde estacionar o carro dele na garagem da promotoria, como aconteceu com seus demais familiares. A explicação oficial é que essa autorização teria sido cancelada pelo Centro de Apoio Operacional. Esse depoimento está cercado de muita tensão, principalmente por causa das notas que vem sendo divulgadas pelo ex-prefeito Paulo Maluf. Notas em que ele diz que está sendo vítima de uma perseguição e compara a atuação dos promotores do Ministério Público a atos terroristas e métodos nazistas. O ex-prefeito não aceita o fato de o Ministério Público ter intimado a mulher dele, dona Silvia, também os filhos, a nora e, principalmente, Flávio Maluf, que já prestou depoimento. Durante seu depoimento, Flávio Maluf, disse que não tinha nada a declarar. A chegada do ex-prefeito Paulo Maluf foi tumultuada. Ele chegou esbanjando tranquilidade, calmo, sempre sorrindo e não conversou com a imprensa. Disse que falaria depois do depoimento. Ele se restringiu a esboçar, com os dedos o "V" de vitória.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.