Marçal alega tentativa de homicídio, mas delegacia registra queixa contra Datena como lesão corporal

Caso da cadeirada em debate entre os candidatos na TV será investigado pelo 15.º Distrito Policial

PUBLICIDADE

Foto do author Marcelo Godoy

A agressão do apresentador e candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, ao seu adversário do PRTB, Pablo Marçal, foi registrado no 78.º Distrito Policial (Jardins), como lesão corporal e injúria real. O caso foi levado ao plantão policial pelo advogado Tassio Renam Souza Botelho, que defende Marçal. O ex-coach tem chamado o caso de “tentativa de homicídio. Já Datena diz que não se arrepende e que faria o mesmo novamente.

Fac-símile do boletim de ocorrência registrado pelo advogado de Marçal contra Datena, no 78.º DP Foto: Reprodução / Estadão

PUBLICIDADE

De acordo com o relato feita à 0h57 desta segunda-feira na delegacia dos Jardins, o advogado, representando “a vítima”, informou que “na noite de domingo, o candidato pelo partido PRTB Pablo Marçal estava participando do debate da TV Cultura” com os candidatos à Prefeitura de São Paulo quando “o candidato José Luiz Datena com xingamentos de ‘canalha’ e ‘filho da p...’ agrediu fisicamente com uma cadeira atingindo a região da cabeça e também torácica e costelas do candidato Pablo Marçal.”

De acordo com o relato do advogado, a “agressão ocorreu após o candidato Pablo Marçal ter feito uma pergunta ao candidato Datena, que, numa reação explosiva, partiu para cima com a banqueta contra a vítima desferindo a cadeirada”. O debate da TV Cultura estava sendo transmitido ao vivo e foi imediatamente interrompido pelo mediador, o jornalista Leão Serva, que chamou o intervalo comercial.

Em razão da agressão, Datena foi expulso do debate e o candidato Pablo Marçal abandonou o programa. No relato do advogado, ele estava sentindo “fortes dores e dificuldade de respirar, sendo socorrido por uma ambulância do evento ao Hospital Sírio Libanês onde permaneceu em observação”.

Publicidade

A agressão de Datena aconteceu depois que Pablo Marçal fez uma pergunta para o tucano e chamá-lo de 'arregão'  Foto: REPRODUCAO TV CULTURA

O delegado de plantão, Fábio Hayayuki Matsuo, requisitou que a vítima fosse examinada pelo Instituto Médico-Legal (IML) a fim de constatar a lesão. A vítima terá seis meses para fazer a representação criminal e a queixa crime contra o acusado a fim de que o caso tenha continuidade. O delegado ainda informou o caso aos superiores. Como o delito aconteceu na região do Itaim, quem deve dar continuidade ao inquérito policial é o 15.º Distrito Policial (Itaim Bibi).

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.