Pablo Marçal (PRTB) declarou que não apoiará Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno das eleições municipais em São Paulo. O ex-coach disse que espera por um pedido de desculpas do atual prefeito, além de Silas Malafaia, Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Eduardo Bolsonaro. Marçal se pronunciou em uma coletiva antes de uma palestra realizada nesta terça-feira, 8, na Plataforma Internacional, no Alphaville de Barueri.
O candidato que deixou a disputa pela Prefeitura em terceiro lugar, com 1.719.274 votos, o equivalente a 28,14%, ressaltou que jamais apoiaria Guilherme Boulos (PSOL) e que foi atrapalhado por aqueles que deveriam estar ao seu lado por meio de mentiras e ataques. “Eu iria para o segundo turno junto com o Nunes. Então quem colocou o Boulos no segundo turno foi Malafaia e Bolsonaro”, disse Marçal, que deixou a entender que a retratação e assinatura de termo de compromisso para propostas voltadas para os cuidados com crianças poderiam fazer com que ele reconsiderasse.
Após perder o pleito, Marçal chegou a declarar que pretende mirar no governo do Estado ou na Presidência do Brasil nas próximas eleições, e que não pretende mais concorrer ao cargo de prefeito. Ele disse se sentir um menino na política, apesar de acreditar que teria sido o melhor prefeito da história.
A participação do ex-coach nas eleições municipais foi marcada por provocações e acusações graves, na maioria das vezes, direcionadas ao atual prefeito e ao deputado federal. Marçal disse que a divulgação de um laudo falso sobre a saúde psiquiátrica de Boulos, foi publicado por sua equipe. “Eu não sou perito e de fato quero que todo mundo que esteja envolvido nisso seja responsabilizado”, disse. O caso fez com que ele se tornasse alvo de ações nas esferas eleitoral e criminal, colocando em dúvida sua elegibilidade para os próximos anos.
O atual prefeito ficou à frente no primeiro turno, porém com margem estreita. Nunes foi escolhido por 1.801.139 eleitores, somando 29,48% dos pontos. Enquanto Boulos, garantiu sua participação no segundo turno com 29,07%, equivalente a 1.776.127 votos. A diferença entre Marçal e o deputado foi de 56.853 votos.
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