Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) divergem sobre como lidar com o incidente envolvendo a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que apontou um arma contra um homem, neste sábado, em São Paulo, após uma discussão na saída de um restaurante.
Enquanto parte dos bolsonaristas defende se distanciar do episódio, Flavio Bolsonaro (PL-RJ) passou a defender Zambelli com veemência nas redes sociais. Flavio coordena a campanha do pai.
Zambelli alega que estava se defendendo depois de ter sido supostamente agredida por um homem, apoiador de Lula (PT). Após uma confusão, que parece ser uma troca de insultos, ela correu atrás do homem com uma arma até um bar, onde o mandou deitar no chão. Durante a perseguição, um disparo chegou a ser efetuado.
Logo após o caso vir a público, o deputado eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) postou comentários em que defendia a parlamentar bolsonarista, mas apagou após novas imagens colocarem em dúvida a versão de Zambelli.
O deputado eleito Ricardo Salles (PL-SP) postou: "Que besta quadrada ... ?", no que pessoas próximas classificaram como uma indireta à deputada, em razão do esperado estrago eleitoral do caso.
Na equipe de Bolsonaro, integrantes mais próximos do presidente consideram que é mais seguro manter-se distante do episódio, que poderia prejudicá-lo na véspera do segundo turno. A avaliação é que o caso se parece com o do ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson, que atacou policiais federais, e foi negativo para a campanha.
Flavio, por sua vez, reforça a tese de que Zambelli foi agredida. "Quero ver quem vai defender agressão de mulher agora. Muitas máscaras cairão. Fica firme, Zambelli", escreveu Flavio.
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