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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Campanha de Bolsonaro investe em programas sociais contra crise do MEC: 'não precisa de explicações, precisa de dinheiro'

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Se a ampliação de benefícios sociais, como os reajustes do Auxílio Brasil e do vale-gás, já era considerada importante para alavancar a campanha de Jair Bolsonaro (PL), agora, com a revelação dos áudios do ex-ministro Milton Ribeiro, ela se tornou indispensável para salvar a imagem do presidente. Para um membro da campanha bolsonarista, a piora da crise deve ser rebatida com ação visando o bolso dos eleitores. "As pessoas precisam de dinheiro, não de explicações", diz ele, acrescentando que os programas sociais diminuem a raiva contra Bolsonaro das pessoas que passam dificuldade. A campanha investe ainda na tentativa de desqualificar o processo que levou à prisão do ex-ministro.

O presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Evaristo Sá/AFP

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REGRA. Investidores já entenderam que quanto mais desesperada a campanha de Bolsonaro, maior o risco de ampliar gastos e alargar o buraco fiscal. Hoje, a previsão é de R$ 50 bi. O pouco tempo (cerca de três meses) até a eleição, ajuda a limitar o estrago, avaliam.

HERANÇA. O cálculo feito neste momento é se essas medidas serão descontinuadas em 2023, como diz o governo. Vencendo Lula ou Bolsonaro, não será fácil reduzir programas sociais. Assim, as despesas que refletem o desespero atual de Bolsonaro tendem a permanecer, motivo do aumento da aversão a risco.

BALANÇA. Na disputa de forças dentro da PF, desce o diretor-geral Márcio Nunes de Oliveira, que anteontem tentou minimizar a colegas a fala do delegado Bruno Calandrini, que alegou interferência na investigação de Ribeiro. Um inquérito investiga a denúncia do delegado.

PRONTO, FALEI. Renan Ferreirinha, RenovaBR, ex-secretário do Rio (PSD)

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"Bolsonaro prometeu colocar a cara no fogo por Milton Ribeiro e o avisou sobre a operação da PF. Está no cargo para governar ou para salvar seus protegidos?"

CLICK. Brumadinho, Arte-protesto

 

As 272 vítimas do desastre são lembradas em exposição na Alemanha, onde em julho será julgado processo contra empresa que validou a barragem da Vale

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