Dois dias antes de anunciar sua saída do PSDB, João Doria disse ao Estadão que não será apenas na eleição nacional que vai de voto nulo. Também em São Paulo, o ex-governador afirma que não quer nem Fernando Haddad (PT) nem Tarcísio de Freitas (Republicanos). O seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), que o sucedeu no Palácio dos Bandeirantes, vai de Tarcísio e Bolsonaro.
"É um direito que ele (Garcia) tem. Eu não tenho essa posição, minha posição é diferente da dele. Aqui também minha posição é de neutralidade, vou anular meu voto em São Paulo", disse.
Apesar do posicionamento diferente do de Garcia, Doria disse que segue com uma relação amistosa com o atual governador. "O Rodrigo Garcia tem todo o direito e autonomia de ter tomado a decisão que tomou. Ele continua tendo meu respeito, minha admiração e minha amizade."
Doria anunciou nesta quarta (19) que volta à iniciativa privada, sacramentando decisão que havia comunicado quando abandonou a disputa presidencial. Na segunda (17), ele foi a um seminário de saúde promovido pelo Lide, entidade fundada por ele e hoje presidida por seu filho, João Doria Neto, quando conversou com o Estadão.
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