O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou mensagem para governistas dizendo que não dá mais para o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, continuar na função. A gota d'água foi uma publicação do presidente do órgão nas redes sociais, no qual ele trata como "vagabundo" o congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte no quiosque onde trabalhava no Rio de Janeiro, caso de grande repercussão e que gerou protestos nas ruas. "Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes", publicou Camargo. Na mensagem enviada, Gilmar pediu um basta. "Ele ultrapassou todos os limites. É intolerável", escreveu o magistrado.
CONTROVERSO. Um dos remanescentes da ala ideológica do governo, ao lado do secretário especial da Cultura Mário Frias, Camargo é crítico do Dia da Consciência Negra e coleciona polêmicas desde que chegou ao governo federal. Jair Bolsonaro, por sua vez, segue bancando sua permanência na Fundação Palmares.
NA MIRA. Além do pedido do ministro do Supremo, Camargo já foi alvo de novo pedido judicial para que deixe o cargo após publicar as declarações sobre Moïse Kabagambe.
CLICK. Paulo Câmara, governador de Pernambuco
Governador (dir.) recebeu Luciano Bivar, do União Brasil, e Raul Henry, do MDB (esq.). As siglas dos dois convidados conversam sobre formar federação.
PAPO. Em outra frente, Gilmar Mendes recebe nesta quarta-feira, 16, no Supremo Tribunal Federal (STF), a presidente nacional do Podemos, a deputada federal Renata Abreu (SP). Na Corte, o ministro é notoriamente o maior crítico do ex-juiz Sérgio Moro, pré-candidato à Presidência da República pela sigla de Abreu.
DE PERTO. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), acompanhará em Brasília hoje a votação do PL que torna a União responsável por arcar a gratuidade do transporte público para idosos.
DE PERTO 2. O MDB, de Nunes, está empenhado pela aprovação da matéria. O senador Eduardo Braga (AM) apresentará um substitutivo para identificar a fonte dos recursos: royalties do petróleo. Na Câmara, o relator será o deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL).
PRONTO, FALEI! Daniel José, deputado estadual (Novo-SP)
"O governo Bolsonaro autorizou uma distribuição recorde de emendas antes da eleição. R$ 25 bilhões. A aliança com o Centrão custa caro. Muito caro."
COLABOROU ELIANE CANTANHÊDE
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