A ida à Terra Yanomami do senador Chico Rodrigues (União-RR), presidente da comissão temporária criada no Senado para acompanhar o caso, gerou mal-estar entre parlamentares. Eles afirmam que a viagem, feita no meio do feriado, não foi objeto de acordo no grupo.
Os governistas querem agora que Rodrigo Pacheco (PSD-MG) aumente o número de membros do colegiado para formar maioria — hoje são cinco parlamentares, dos quais três são de Roraima e vistos como pró-garimpo. Pacheco, de acordo com aliados, resiste à ideia por considerar que o debate é de interesse de senadores locais.
Aliados do Planalto temem que o relatório final da comissão favoreça os garimpeiros, e não os indígenas. Se não conseguirem convencer Pacheco a mudar o perfil da comissão, os senadores querem buscar formas de enfraquecer o resultado.
Antes da formação do comando da comissão especial, os ministros Flávio Dino (Justiça) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) tentaram atuar para que Chico Rodrigues fosse o relator da comissão. O escolhido foi o bolsonarista Dr. Hiran (PP-RR).
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