O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, colocou na agenda da próxima semana a missão de dissolver o problema criado pelo Ministério da Previdência nos empréstimos consignados. Ele pretende pedir a ação de Lula para reverter a decisão de Carlos Lupi, tomada sem o aval da Fazenda.
Os bancos, inclusive os públicos, suspenderam a oferta de crédito desta modalidade após o Conselho Nacional da Previdência Social baixar o teto da taxa de juros de 2,1% para 1,7% ao mês.
As informações à disposição do governo são a de que apenas a Caixa teria condições de operar perto desse limite, ofertando empréstimos a 1,8% ao mês, e ainda assim abaixo das margens de operação do resto do mercado. No entanto, este mercado é dominado por instituições privadas, responsáveis por quase 9 entre 10 empréstimos consignados feitos no País.
Entre as propostas em estudo por Haddad está a criação de um grupo de trabalho, dessa vez com participação da equipe econômica, para avaliar a taxa cobrada nesses empréstimos. A queixa da Fazenda é a de que o Conselho da Previdência, embora tenha seis representantes do governo federal, todos são subordinados a Lupi. Ou seja, não houve discussão prévia na Esplanada.
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