Deputado eleito pelo Maranhão, o ministro Juscelino Filho (Comunicações) ficou de fora da comitiva do presidente Lula a cidades inundadas no interior maranhense. A comitiva foi formada pelo ministro Waldez Góes (Integração), responsável pelo atendimento de emergência às cidades afetadas, mas também por políticos de projeção no Estado, como o ministro Flávio Dino (Justiça), a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e os deputados Márcio Jerry (PCdoB-MA) e Rubens Pereira Jr. (PT-MA).
Parlamentares que acompanharam o presidente afirmam que a viagem foi organizada de última hora e, por isso, Juscelino não foi incluído. O Palácio do Planalto não informou a razão da ausência.
Juscelino foi indicado ao ministério pelo União Brasil e foi flagrado pelo Estadão recebendo diárias por uma viagem pessoal, quando acompanhou um leilão de cavalos. Ele também contratou um assessor fantasma na Câmara dos Deputados.
Juscelino, que nunca foi próximo de Lula ou do PT, ficou ainda mais distante depois do episódio. Mas apesar das revelações, Lula o manteve no cargo em nome da aliança com o União.
A assessoria do ministro não comentou o motivo de ele não ter participado da agenda com Lula, neste domingo (9), nem informou se ele chegou a ser convidado.
Pessoas próximas ao ministro alegaram que Juscelino estavam em viagem com a família fora do Maranhão. Nas suas redes sociais, ele publicou as imagens de Lula sobrevoando a cidade de Bacabal (MA) com uma mensagem escrita. “O povo maranhense, que tanto tem sofrido com as enchentes, agradece ao presidente Lula”, escreveu. “Juntos vamos cuidar das pessoas e superar as dificuldades”, acrescentou.
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