O presidente Lula quer chegar aos 100 dias de governo, no mês que vem, dando a ideia de que a troca de mando em Brasília surtiu efeito prático na vida das pessoas. Por isso, está colocando todo o esforço na retomada do crescimento econômico. Nesta sexta (10), ele reuniu os ministros de áreas finalísticas para um balanço de obras feitas desde que tomaram posse e o que pode ser feito nos próximos 30 dias. Haverá reuniões também com ministros da área social e da área de produção, como os ministérios foram divididos. Quem esteve com Lula nos últimos dias saiu com a impressão de que o presidente está com a atenção máxima na economia e deseja acionar os motores estatais para evitar uma recessão neste ano.
Os ministros que se reuniram com Lula nesta sexta têm à disposição neste ano R$ 42 bilhões para gastar, espaço fiscal aberto pela PEC da Transição, que ampliou o orçamento excepcionalmente neste ano.
Fernando Haddad (Fazenda) indicou aos colegas que o novo arcabouço fiscal, a ser apresentado nos próximos dias, deve resultar em uma moderação nos investimentos no ano que vem, mas em patamar superior ao de Jair Bolsonaro, comprimidos pelo teto de gastos.
No encontro, Renan Filho (Transportes) relatou aos presentes que, no último ano da gestão Bolsonaro, mesmo com o estouro do teto, o Brasil investiu em estradas e rodovias R$ 5 bilhões, o mesmo que o Uruguai, um país de apenas 4 milhões de habitantes. Neste ano, o ministério terá R$ 17,9 bilhões para gastar e Cidades, R$ 15,9 bilhões
PRONTO, FALEI! Rui Falcão, deputado federal (PT-SP)
“O BC será obrigado a baixar os juros. Nem tanto por causa do Lula, mas por pressão do mercado, porque as empresas já sentem o arrocho de crédito.”
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