Atualizado à 0h49
Diante da possibilidade de ser expulso de seu partido, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), recuou no final da noite de segunda-feira, 09, e revogou sua decisão de anular as sessões que definiram o seguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A reviravolta já deve ser publicada no Diário Oficial da Casa desta terça-feira, 10.
Aliados do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), divulgaram duas versões do documento, uma delas endereçada ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A veracidade dos documentos foi confirmada pela Câmara e pela assessoria de Maranhão.
Mais cedo, Renan já havia decidido ignorar a decisão de Maranhão e confirmou para esta quarta-feira, 11, a votação do processo em plenário.
Maranhão não foi localizado na madrugada desta terça-feira, 10, para justificar sua mudança de postura. Mais cedo, na tarde de ontem, o presidente interino fez um breve pronunciamento para justificar sua decisão de anular as sessões.
"Nossa decisão foi com base na Constituição, com base no nosso regimento, para que nós possamos corrigir em tempo vícios que certamente poderão ser insanáveis no futuro", afirmou Maranhão para justificar a anulação. "Nós não estamos e nem estaremos, em momento algum, brincando de fazer democracia", disse horas antes do recuo.
Na manhã desta terça-feira, a bancada do PP na Câmara se reuniria para discutir a expulsão do parlamentar do partido, o que deveria ser confirmado pela Executiva à tarde.
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