Os aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até tentaram separar as conversas pela aprovação da PEC da Transição das demandas por espaço de poder – leia-se cargos e ministérios – do futuro governo, mas o esforço tem sido em vão. Membros de União Brasil, PSD e MDB fizeram chegar a petistas que, ainda que haja mérito para a proposta prosperar no Congresso, cada legenda deve ser atendida com dois ministérios, além de indicações da “cota pessoal” para Simone Tebet (MDB), Alexandre Silveira (PSD) e Davi Alcolumbre (União). Um senador do PT admitiu a pressão e, sob reserva, brincou que os partidos “querem um carinho”. A decisão, entretanto, deve partir de Lula, que adiou a viagem a Brasília esta semana por questão de saúde. Com o quadro, voltou a ganhar fôlego nas últimas 24h a alternativa de Renan Calheiros (MDB-AL) de abrir espaço no Orçamento via Tribunal de Contas da União (TCU).
VOLVER. A senadores reunidos na residência oficial de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) nesta quarta (23), Renan disse que a articulação do PT pela PEC estava naufragando (em meio a demandas crescentes de congressistas) e que, diante da frustração, o melhor a fazer era recuar.
LISTA DE DESEJOS. Segundo políticos a par das conversas, Alcolumbre deseja ser ou o líder do futuro governo no Senado ou, ele mesmo, titular de uma das pastas derivadas do atual Ministério da Infraestrutura. A previsão é a de que a pasta seja repartida e uma parte volte a ser dedicada exclusivamente aos Transportes.
QUERO MAIS. Alexandre Silveira (PSD-MG) foi ventilado para a presidência do Dnit, mas seus aliados acham pouco – ele já chefiou o órgão em 2004 e, após a passagem pelo Senado, teria se credenciado para assumir o posto de ministro.
PRONTO, FALEI! Filipe Sabará. Equipe de transição de Tarcísio Freitas em SP
“A esquerda tem uma narrativa muito mais forte na área social do que a direita, seja nas universidades ou nas ONGs, mas no fim as pessoas continuam pobres.”
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