O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deu sua bênção a um acordo para reconduzir o PT ao comando da 1ª Secretaria da Alesp em troca do apoio da sigla de Lula à eleição do deputado André do Prado (PL) à Presidência da Assembleia. O secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), prometeu compor a mesa diretora com base na representatividade dos partidos. Por este critério, o PL, que tem a maior bancada, fica com a presidência, o PT, com a 1ª Secretaria, e o PSDB, com a segunda. O PT aceitou a proposta e já discute quem indicar. Enio Tatto e Teonilio Barba são os favoritos.
Uma ala dos tucanos chegou a ensaiar campanha de reeleição do atual presidente da Alesp, Carlos Pignatari (PSDB), mas, segundo seus aliados, ele já indicou que vai apoiar Prado.
A estratégia de Prado é angariar os votos de deputados de PL, PSDB e da federação PT e PCdoB. Juntas, as quatro legendas somam exatamente 48 votos, o mínimo necessário para elegê-lo. Ao PT, Kassab também disse que a gestão de Tarcísio não será de extrema direita, como a de Jair Bolsonaro, e prometeu contemplar as quatro cidades governadas pela legenda em convênios com o Estado. Petistas o veem como aliado, devido à adesão do PSD ao governo de Lula.
Atualmente, o primeiro secretário é Luiz Fernando Ferreira (PT), que comanda a gestão financeira do Legislativo Estadual.
Aliados de André do Prado dizem que ele está disposto a incluir o partido de Tarcísio, o Republicanos, no acordo, mas líderes da legenda dizem não ter sido chamados para a discutir o tema. Nos bastidores da Alesp, membros de outros partidos aliados do governo afirmam que o Republicanos gostaria de ter Gilmaci Santos como presidente da Casa, mas descartam a possibilidade de ele se viabilizar. Pelos termos do acordo, o partido ficaria com a 1ª vice-presidência.
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