BRASÍLIA – O governo federal formalizou nesta terça-feira, 5, no Diário Oficial da União (DOU) a nomeação do ex-procurador de Justiça de São Paulo Mário Luiz Sarrubbo para exercer o cargo de secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A escolha de Sarrubbo para o posto já havia sido anunciada pelo chefe da pasta, o ministro Ricardo Lewandowski.
O desafio de Sarrubbo será melhorar o desempenho do governo em uma das áreas onde a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem menos popularidade.
Em entrevista ao Estadão, Sarrubo indicou que vai apostar em inteligência e na integração entre o Ministério Público e as polícias para combater a criminalidade no País. Uma de suas principais metas é a asfixia de facções criminosas, em especial o PCC. Segundo Sarrubbo, é preciso “respeitar os direitos humanos, mas com a força necessária”.
“A gente vai trabalhar para melhorar a situação de segurança e produzir resultados mais expressivos. Essa é uma preocupação do ministro. É necessário que se faça isso com diálogo, com inteligência e seguindo parâmetros de um Estado Democrático de Direito. É um meio-termo que a gente tem que buscar: a força do Estado no combate ao crime com respeito absoluto aos direitos humanos, à integridade e dignidade da pessoa”, afirmou.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública é responsável por formular políticas, diretrizes e ações para a segurança pública no País. Dentre suas competências, a secretaria faz assessoramento técnico ao ministro da Justiça nos assuntos de segurança pública, com base na Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social. Também é essa secretaria que cuida da gestão do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).
Para assumir o cargo, Sarrubbo precisou se aposentar do Ministério Público. Após mais de 30 anos na instituição, o desligamento é uma exigência legal. Sarrubbo começou a carreira no MP em 1989 e encerrou o ciclo no cargo mais alto do órgão, o de procurador-geral de Justiça.
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