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MDB ganha força na briga por ministérios cobiçados pelo Centrão

Estrutura do Desenvolvimento Regional pode ser entregue ao MDB, apesar de pedidos de PSD e União Brasil.

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Foto do author Vinícius Valfré
Atualização:

BRASÍLIA – O MDB entrou na briga por ministérios cobiçados por PSD e União Brasil por causa dos orçamentos robustos e das entregas sociais. Entre as pastas que podem ser tiradas do Centrão e entregues aos emedebistas está a que tem sob sua estrutura a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Hoje, a Codevasf está ligado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, que deve ser desmembrado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outros dois. Para dirigentes petistas, cresceu a possibilidade de o MDB ser contemplado com a estrutura, que é atualmente do Desenvolvimento Regional.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva durante anúncio de ministos em Brasília Foto: Eraldo Peres/AP

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O PSD, o União Brasil e o MDB devem ter dois ministérios cada. Os partidos têm interesses semelhantes, como no Desenvolvimento Regional e no Ministério de Minas e Energia. O PSD pode ficar com Agricultura, com o senador Carlos Fávaro (PSD-MS). Uma das ideias é que Minas e Energia seja entregue ao senador Alexandre Silveira (PSD-MG).

Lula chamou os senadores do MDB Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga (AM), além do presidente nacional do partido, deputado Baleia Rossi (MDB-SP), para uma reunião em Brasília, na tarde desta quinta-feira, 22. O presidente eleito tenta acomodar os interesses do MDB aos do Centrão.

Além disso, o MDB enfrenta uma briga interna e seus caciques não querem a indicação da senadora Simone Tebet (MDB-MS) na cota do partido. Por outro lado, Baleia Rossi já afirmou em várias oportunidades, internamente, que Simone representará o partido, caso contemplada no primeiro escalão de Lula. Simone tem diferenças políticas com Renan Calheiros. Ex-governador de Alagoas e eleito senador, Renan Filho (MDB-AL) pode ficar agora com o Ministério dos Transportes.

A Codevasf é controlada atualmente pelo deputado Elmar Nascimento (União-BA), relator da PEC da Transição na Câmara. Elmar é aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e tenta manter espaço no governo Lula. A companhia é um dos principais focos de escândalos de corrupção e de deficiência nas políticas públicas do governo de Jair Bolsonaro.

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