Ministra da Saúde exonera diretor responsável por evento com dança erótica

Nísia Trindade diz ter sido surpreendida pelo episódio e pede desculpas; segundo ela, Andrey Lemos assumiu a responsabilidade pela apresentação

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Foto do author Daniel  Weterman
Atualização:

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde exonerou o diretor de Prevenção e Promoção da Saúde, Andrey Roosewelt Chagas Lemos, após uma apresentação com dança erótica em evento promovido pela pasta. A apresentação ocorreu na quinta-feira, 5, e foi alvo de críticas de opositores e até mesmo aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O vídeo, que circulou nas redes sociais, foi gravado durante 1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde no Brasil. A apresentação mostra uma pessoa cantando uma música e outra fazendo uma coreografia erótica no centro do palco, enquanto participantes aplaudem da plateia.

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O Ministério da Saúde repudiou o ato e afirmou que o diretor assumiu integralmente a responsabilidade pelo episódio. A ministra Nísia Trindade disse, em vídeo publicado nas redes sociais da pasta neste sábado, 7, que foi pega de surpresa com a repercussão enquanto participava de agendas em Diadema e Mauá, em São Paulo

“Infelizmente eu fui surpreendida pelo episódio de ontem e venho por meio desse vídeo me desculpar sinceramente pelo ocorrido”, afirmou a ministra. Em nota, o ministério classificou o ato como “inadmissível”. “O Ministério da Saúde reitera o compromisso com a saúde da população e o fortalecimento do SUS, com visão inclusiva e o respeito à diversidade e à democracia”, diz o documento.

Andrey Lemos era diretor de Prevenção e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde e assumiu responsabilidade integral sobre evento com dança sensual, de acordo com Nísia Trindade Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Após o episódio, o ministério anunciou a criação de uma curadoria de eventos, vinculada ao gabinete da ministra, para avaliar as participações propostas em eventos oficiais. Parlamentares de oposição enviaram requerimentos de informação para apurar o nome dos responsáveis pelo evento e os gastos realizados pela pasta. A ministra é obrigada a prestar informações ao Congresso Nacional no prazo de 30 dias, sob pena de enquadramento no crime de responsabilidade e afastamento do cargo.

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