Como é o míssil israelense que o Brasil recebeu para enfrentar blindados? Veja detalhes

Armamento é utilizado para defesa anticarro e foi entregue com um ano e meio de atraso ao Exército brasileiro

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Foto do author Rayanderson Guerra
Atualização:

RIO – O Exército recebeu um carregamento de uma centena de mísseis Spike LR2. Os mísseis israelenses haviam sido comprados pelo Exército brasileiro em 2021 e deveriam ter sido entregues em outubro de 2022. O armamento é utilizado para defesa anticarro do País e foi entregue com um ano e meio de atraso.

Os mísseis foram comprados pelo Exército brasileiro com a empresa israelense Rafael Advanced Defense Systems Ltda. A carga foi transportada de Tel-Aviv para o Rio de Janeiro dentro de um KC-390 do 1º Grupo de Transporte de tropa, da Força Aérea Brasileira (FAB).

Míssil Spike LR2 da empresa Rafael Advanced Defense Systems Foto: Divulgação/Rafael Advanced Defense Systems

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O Spike LR2 é um míssil de 5ª geração com guiagem eletro-óptica, pelo qual detecta ondas eletromagnéticas e mudanças de luz. Ele pode ser lançado por um soldado ou por veículos e também pode ser acionado remotamente. A carga entregue ao Exército neste mês chegou com dez lançadores, dez simuladores e outros equipamentos de apoio e de suporte para os mísseis.

O míssil tem uma precisão de 10 quilômetros e pesa 13 kg. De acordo com a fabricante do Spike LR2, o equipamento pode ser usado para infantaria, veículos blindados, embarcações navais e helicópteros e atinge com sucesso alvos diretos, fora da linha de visão e além da linha de visão.

A Rafael Advanced Defense Systems garante que o míssil pode derrotar “qualquer tanque, veículo ou embarcação marítima atual ‒ e pode ser usada em combate urbano contra alvos estruturais encontrados em ambientes urbanos”.

Míssil da família Spike adquirido pelo Exército brasileiro Foto: Divulgação/Rafael Advanced Defense Systems

Ao todo, o Exército prevê, nos três próximos anos, investir até R$ 2,5 bilhões nas forças blindadas. Ele deve adquirir novos lotes de mísseis e viaturas blindadas de combate fuzileiros (VBC Fuz), em substituição às Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTC) M-113-BR.

Ao todo, o Exército planeja a compra de 78 viaturas de combate fuzileiros e de 65 carros de combate de até 50 toneladas, ou seja, tanques médios.

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