O governo já decidiu como será a Operação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO para a cúpula do G20 que acontecerá neste mês no Rio. A operação será executada por militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica e, somente do Exército, vão participar 7.500 homens. O deslocamento das tropas já começou nesta sexta-feira, 1. O período previsto para a GLO será entre 11 e 21 ou 24 de novembro.
Nos últimos dias aumentou a preocupação com a segurança das autoridades que estarão na cidade, considerando os últimos acontecimentos como o confronto entre policiais e criminosos, na quinta-feira passada que deixou três mortos e três feridos na Avenida Brasil, uma das principais vias de acesso à cidade.
A operação da Polícia Militar para investigar o roubo de cargas e veículos foi realizada no Complexo de Israel, um grupo de comunidades e favelas na zona norte da cidade, cortado pela Avenida Brasil. Milhares de motoristas e passageiros foram pegos em meio ao tiroteio. Muitos desceram dos veículos e tentaram se abrigar na mureta divisória das pistas.
Com o decreto de GLO, o ministro de Estado da Defesa definirá quais os meios disponíveis e Comando conjunto que será responsável pela operação, O ministro José Múcio escolherá quem assumirá o controle operacional dos efetivos e dos meios disponibilizados para a operação, sendo a execução das atividades realizadas em articulação com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e em coordenação com os órgãos de segurança pública.
O decreto de GLO autoriza a atuação das Forças Armadas que terão as seguintes atividades:
- Segurança e monitoramento das principais vias de acesso;
- Segurança ostensiva dos locais de hospedagem (segurança de hotéis);
- Emprego de Forças de Contingência (tropa de choque);
- Segurança do perímetro externo ao local do evento;
- Resposta tática para incidentes de segurança;
- Ações de segurança pública e proteção das infraestruturas críticas.
Particularmente o Exército Brasileiro ficará responsável pelas seguintes missões:
- Patrulhamento de vias (Linha Vermelha e Amarela, Av Brasil, Estrada do Joá, Av Niemeyer e orla de Ipanema e Copacabana) e hotéis;
- Proteção integrada de infraestruturas críticas;
- Ações de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear, inclusive varreduras;
- Monitoramento e contramedidas contra ameaças de drones hostis e guerra eletrônica;
- Resposta tática para incidentes de segurança;
- Emprego de batedores;
- Monitoramento de ameaças à segurança cibernética das Infraestrutura crítica aeromobilidade (emprego de helicópteros) e Comando e Controle (C2);
- Definir infraestrutura crítica e avaliação de risco de eventos e ambientes para os chefes de Estado;
- Comunicação estratégica.
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