BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta quinta-feira, 15, o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Cid está preso desde 3 de maio no Batalhão de Polícia do Exército. Ele é investigado por falsificar cartões de vacina da Covid-19, incluindo documentos da própria família de Bolsonaro. No âmbito dessa investigação, a Polícia Federal encontrou no celular do tenente-coronel uma minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e estudos para darem suporte a eventual golpe de Estado no País.
Em sua decisão, Moraes ressaltou que a condução de Cid para a CLDF deverá ser feita “mediante escolta policial e somente ocorrerá se houver sua prévia concordância”, uma vez que o STF proibiu a realização de conduções coercitivas de investigados.
O magistrado também autorizou a liberação de Alan Diego dos Santos e George Washington de Oliveira Sousa, presos devido a uma tentativa de explosão de bomba no aeroporto de Brasília em dezembro do ano passado; do indígena bolsonarista José Acácio Sererê Xavante; e dos policiais militares Cláudio Mendes dos Santos, Flávio Silvestre Alencar e Jorge Eduardo Naime Barreto.
Ainda não há data marcada para os depoimentos. Na próxima quinta-feira, 22, a CLDF ouvirá o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias. As oitivas de Mauro Cid e dos outros investigados, portanto, deverão acontecer a partir do dia 29.
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