O Ministério Público Eleitoral (MPE) quer que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multe o candidato tucano à Presidência da República, José Serra, por ter supostamente feito propaganda eleitoral antes do permitido. De acordo com o MPE, as propagandas ocorreram num evento religioso realizado em maio em Santa Catarina e no programa partidário veiculado em junho pelo PSDB.
Na representação protocolada no TSE por causa do evento ocorrido em Camboriú, o MPE pede que Serra e três religiosos sejam punidos com multa de R$ 25 mil. Segundo o Ministério Público, a propaganda teria sido feita durante o 28º Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários.
Conforme o MPE, na ocasião pastores teriam se referido a Serra como o próximo presidente da República e o candidato teria falado sobre as ações que pretende desenvolver. O MPE sustenta que o congresso não foi um evento fechado porque telões foram espalhados pela cidade, permitindo que aproximadamente 180 mil pessoas assistissem ao evento.
Na outra representação protocolada no TSE, o MPE pede que Serra e o PSDB sejam multados por supostamente terem usado o espaço reservado à propaganda partidária para promover o nome e a imagem do candidato tucano ao Palácio do Planalto.
"O partido aproveitou a transmissão para difundir a experiência política do candidato, dando ênfase para os cargos que ocupou e o trabalho que realizou em sua vida pública", argumenta o MPE. "O próprio candidato se encarregou de lembrar suas realizações da época em que foi ministro da Saúde", alega a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau.
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