Na TV, Lula inclui Alckmin no vídeo e Bolsonaro diz que Auxílio será mantido

Candidatos inauguraram no horário eleitoral gratuito televisionado

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A propaganda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro horário eleitoral gratuito na televisão abriu com situações comparando as posições da polarização, e destacando “o voto da esperança”. Quando apareceu no vídeo, Lula pediu aos telespectadores “nos ajude a reconstruir o Brasil” e convidou a conversar sobre o futuro. “Como é que o país retrocedeu tanto”, questionou. A campanha usou o bordão: “Já fizemos uma vez e vamos fazer melhor”. Em seguida, seu vice na chapa Geraldo Alckmin (PSB) declarou que mesmo que “não pense igual”, o que os une é une o desejo de melhorar o Brasil”. O fato de que Alckmin estrearia junto na campanha em TV foi antecipado pelo Broadcast Político Estadão.

O programa de Lula mostrou também Alckmin, com posição de destaque como vice Foto: Eraldo Peres/AP

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O candidato do PL e atual presidente da República Jair Bolsonaro (PL) destacou alguns feitos de sua gestão como a distribuição de vacinas, redução nos preços dos combustíveis e apoio a Estados e municípios para enfrentamento da pandemia da covid-19.

O presidente também citou o Auxílio Brasil de R$ 600 e afirmou que o valor atual do benefício será “mantido”, sem citar prazos.

Além da crise sanitária, Bolsonaro citou que outras adversidades foram enfrentadas em sua gestão, como a grave seca e a guerra entre Ucrânia e Rússia.

O programa do atual presidente trouxe ainda imagens de Bolsonaro junto a apoiadores, trechos de seu discurso durante a posse presidencial em janeiro de 2019 e em eventos, inclusive citando frases repetidas diversas vezes, como sobre a defesa pela “liberdade do povo”. Logo no início de sua aparição no vídeo, Bolsonaro citou uma passagem bíblica, em aceno a sua base eleitoral cristã.

Citando ter o menor tempo de propaganda na cadeia de televisão, Ciro Gomes (PDT), afirmou que o Brasil é um dos países que menos cresce, pois há “coisas erradas por todo lado”. Em um supermercado, o candidato criticou os preços dos alimentos e afirmou que ir aos estabelecimentos é “levar susto atrás de susto com o preço das coisas.”. Segundo ele, atualmente, a vida no Brasil só melhora para os ricos e “para determinados tipos de políticos”. A propaganda traz um QR Code para que as pessoas possam acessar a “Ciro TV” e cita que haverá uma “grande surpresa” no horário eleitoral da noite.

Simone Tebet (MDB), por sua vez, apresentou sua história de vida, acadêmica e política, destacando seu papel de liderança como mulher. O programa citou atuação como prefeita e no Senado, destacando a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, sua candidatura à presidência da Casa e participação na CPI da Covid.

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Propaganda de Bolsonaro focou em ações realizadas e desafios enfrentados. Foto: Marcos Corrêa/PR

Imagens feitas na rua mostram Simone cumprimentando pessoas na rua e falando até mesmo sobre hábitos pessoais, como o gosto por arrumar a casa e cozinhar. A candidata também fez críticas diretas ao presidente Jair Bolsonaro. “A postura do presidente chocou todo mundo. Onde já se viu negar vacina no momento em que o Brasil mais precisava, vacina que ia salvar vidas”, disse. Ainda, a polarização da campanha. “A política está sendo uma decepção para todo mundo. Enquanto eles brigam, eu vou trabalhar sério, assumindo compromissos, fazendo propostas para mudar de verdade a vida dos brasileiros.”

O primeiro horário político na TV abriu com a candidata Soraya Thronicke (União Brasil), que começou falando sobre erradicação da fome e valorizando o “suor do trabalho”. Também participou da grade o candidato Felipe D’Avila (Novo), que em seu exíguo tempo de exposição tentou se mostrar como uma alternativa entre candidatos ruins.

Lula e Bolsonaro apelam para religião em propaganda no rádio

A propaganda eleitoral de rádio dos principais candidatos à presidência nesta tarde de sábado versou sobre religião e auxílio social.

Na peça do PT à presidência da República, Lula enfatizou o tema “Brasil da Esperança”, mas ressaltou que o País não pode ter pessoas passando fome, inclusive porque é um dos países que mais produz alimentos no mundo. Ele elogiou a parceria com Alckmin como vice na sua chapa. “Ele foi governador de São Paulo por 16 anos, vice-governador por 6 anos, ele tem experiência. Não tem como não dar certo.”

A propaganda começou destacando Deus na música de abertura e em um comentário de Lula: “Peço a Deus que ilumine a nossa nação e ajude a reconstruir o Brasil.” A campanha afirmou que ele deixou a presidência do País com 87% de aprovação em 2010 e foi o responsável pelo Bolsa Família e criação de milhares de vagas para estudantes universitários.

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) também enfatizou o tema religioso, ao destacar o lema “Deus, Pátria e Liberdade”. O candidato à reeleição destacou sua posição durante a pandemia do covid-19. “É uma guerra que ainda não acabou. Eu falei: ‘vamos combater o vírus, e fazer com que a nossa economia não seja destruída.”

O comercial de rádio também enfatizou que o candidato vai manter o auxílio emergencial de R$ 600,00 em 2023, caso seja reeleito.

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Por sua vez, a propaganda do candidato do PDT, Ciro Gomes, terceiro colocado nas pesquisas de opinião com eleitores, destacou que ele defende a adoção de uma renda mínima de R$ 1 mil para quem precisa, e o projeto de criar 5 milhões de empregos, além de uma “lei antiganância”, que não permitirá que os bancos cobrem mais que duas vezes o valor da dívida de quem tomou empréstimo. “Vamos criar um Brasil onde ninguém fica para trás e o pobre ficará na frente”, disse Ciro.

Com um tempo reduzido, a candidata do MDB, Simone Tebet, foi apresentada aos eleitores, com algumas informações pessoais, entre elas que é casada e tem duas filhas, e um breve histórico de sua vida política. A campanha enfatizou o fato que como mulher ela sempre enfrentou muitas dificuldades para avançar no meio político por causa da discriminação de gênero que ocorre na sociedade brasileira.