‘Nada abala minha relação com Lula’, diz Pacheco após pedir retratação de declaração sobre Israel

Presidente do Senado afirma que ‘fala foi inadequada em relação à comparação da realidade de hoje com o nazismo’

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Foto do author Julia Camim

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira, 21, que, apesar da crítica feita à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando a ação de Israel em Gaza com o Holocausto, a relação entre os dois não será influenciada negativamente. Segundo Pacheco, o pedido de retratação foi feito com o objetivo de buscar uma solução diplomática.

“A fala foi inadequada em relação à comparação da realidade de hoje com o nazismo. É neste ponto apenas que nós fizemos uma ponderação. Se houver uma retratação em relação a isso, eu considero que resolve o problema. Mas nada abala minha relação com o presidente Lula”, disse Pacheco.

Rodrigo Pacheco não concordou com a comparação feita por Lula entre os ataques de Israel à Faixa de Gaza e o Holocausto Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

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No dia anterior, o presidente do Senado afirmou que Lula deveria pedir desculpas pela comparação feita entre o ataque das forças militares de Israel à Faixa de Gaza com o Holocausto. Pacheco considerou as declarações do petista como “impróprias”.

“É fundamental que haja uma retratação e um esclarecimento com um pedido de desculpas em relação a uma parte da fala que estabelece essa premissa equivocada, pois o foco das lideranças mundiais deve estar na resolução do conflito entre Israel e Palestina”, disse.

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O senador Omar Aziz (PSD-AM) não gostou das críticas do presidente do Senado e o questionou no plenário: “Me tipifique o que é matar 30 mil inocentes”, disse Aziz a Pacheco.

Segundo Aziz, a fala do presidente brasileiro veio em “solidariedade” aos envolvidos no conflito e consistiu em uma crítica à política militar do governo israelense. Para o senador, é preciso distinguir “o povo judeu, que todos respeitamos” do “governo de direita e sionista de Israel”. Aziz, no entanto, também disse que, na sua avaliação, o paralelo traçado por Lula foi inadequado.

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