BRASÍLIA - O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles disse nesta quarta-feira, 11, que não recebeu convite concreto para que ocupe o posto de ministro da Fazenda, atualmente de Joaquim Levy. Em entrevista após participação no Encontro Nacional da Indústria, onde chegou a se encontrar com o titular da Fazenda, Meirelles reafirmou que não comenta especulações e hipóteses.
A entrevista, que teve menos de dez minutos de duração, foi dominada por recusas em responder questionamentos. Meirelles não quis comentar a articulação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele seja o novo ministro da Fazenda. "Não posso comentar sobre coisas que não estou participando diretamente. Esse tipo de assunto eu leio nos jornais e não estou em condições de comentar", disse.
Durante o evento, Meirelles foi questionado sobre se toparia ocupar um posto na área econômica do governo, já que “passa a ser a esperança” da população. “Questão de se eu aceitaria ou não aceitaria, tenho uma postura há muito tempo que eu não trabalho, não penso nem falo sobre hipótese. Só trabalho com situação concreta. Acho que o importante hoje é definirmos o que precisa ser feito no Brasil”, respondeu.
O ex-presidente do BC também se recusou a responder perguntas sobre a atual política econômica e sobre o que poderia propor para a retomada do crescimento.
Sobre a relação com a presidente Dilma Rousseff, Meirelles afirmou que sempre foi cordial e muito produtiva. Dilma era ministra da Casa Civil enquanto Meirelles foi presidente do Banco Central. "Minha experiência sempre foi uma relação cordial, tranquila, com convergências e divergências de pontos de vista, o que é normal", afirmou.
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