Normando quer Belém ‘capital da Amazônia’, busca apoio de Lula e vê voo nacional de Helder Barbalho

Prefeito eleito de Belém com 56% dos votos, Igor Normando governará a cidade no ano em que a COP-30, a conferência da ONU para clima, será realizada na capital do Pará

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Foto do author Vinícius Valfré

BRASÍLIA - O prefeito eleito de Belém (PA), Igor Normando (MDB), afirmou nesta segunda-feira, 28, que a cidade se tornará a “capital da Amazônia” para o Brasil e para o mundo depois de receber, em novembro de 2025, a COP-30, a conferência para clima da Organização das Nações Unidas (ONU).”Quem quiser conhecer a Amazônia, vai vir para Belém”, disse, em entrevista ao Estadão.

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A realização da conferência na capital paraense é considerada uma vitória política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e poderá dar protagonismo ao petista e aos gestores paraenses em um tema que tem atraído a atenção mundial.

O principal fiador da campanha vitoriosa de Normando foi o governador do estado, Helder Barbalho (MDB). O prefeito eleito atribui a vitória ao empenho de Helder, seu primo, e afirma que o governador pode vislumbrar voos nacionais em 2026. Ele tem tentado se apresentar como possível vice da chapa petista para a próxima disputa presidencial.

Igor Normando (à direita) com o governador Helder Barbalho (centro) e o vice, Cassio Andrade, após votar no domingo, 27 Foto: Igor Normando Via Instagram

‘’O governador teve papel fundamental”, disse. “Não tenho a menor dúvida da capacidade do governador para galgar espaços maiores. Em termos de credenciais, de capacidade política e de gestão, tem todas as credenciais para disputar qualquer cargo.”

Aos 37 anos, Igor Normando será o mais jovem prefeito de Belém. Ex-vereador e eleito duas vezes para deputado estadual, foi escalado para o primeiro escalão do governo de Helder Barbalho em 2023. Como secretário estadual de Cidadania, foi empoderado para disputar a prefeitura.

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Normando foi eleito com 56,34% dos votos na disputa em segundo turno contra o deputado federal Éder Mauro (PL), que obteve 43,64%.

Embora integrante da tropa de choque do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara, o candidato evitou explorar a imagem do ex-mandatário na campanha. Para o prefeito eleito, a estratégia prova que a cidade optou por um projeto político oposto.

“Nosso projeto é mais progressista, de diálogo, que compreende gargalos sociais e econômicos que precisam ser discutidos, mas que não existe contradição entre desenvolvimento e justiça social. O outro lado defende tudo aquilo que a gente diverge, que é a falta de respeito, de diálogo e a violência para resolver o problema da violência. São dois projetos completamente distintos”, afirmou.

No primeiro turno, o PT do presidente Lula apoiou o atual prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), que não foi reeleito. No segundo turno, o petista sinalizou apoio a Igor Normando e dois de seus ministros se empenharam na campanha do emedebista. Além de Jader Filho, das Cidades, irmão de Helder Barbalho, Celso Sabino, do Turismo.

O novo prefeito diz que respeitou a decisão de Lula e que a eleição em Belém não foi marcada nacionalizada. Agora, pretende buscar apoio do governo federal para a gestão.

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“Embora o candidato Éder Mauro tenha identificação grande com o ex-presidente, ele pouco ou nada usou a imagem dele. O presidente Lula fez uma opção junto ao PT de estar com Edmilson Rodrigues. Eu respeitei e nós caminhamos com uma discussão de cidade. Em momento algum nacionalizamos a eleição. Em 1º de janeiro serei prefeito. Quero o apoio do presidente, quero ajuda do presidente e quero mais investimentos para Belém”, frisou.

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