Os leitores aprovaram as mudanças feitas no Estadão e apresentadas em 17 de outubro passado, quando a tradicional edição impressa do jornal passou a ser publicada em formato germânico (berliner), 146 anos após a sua fundação. Pesquisa de satisfação do leitor, realizada com compradores em bancas e assinantes, mostrou que, para 95% dos consultados, a credibilidade do jornal se manteve ou aumentou.
Ainda de acordo com o levantamento, 86% dos leitores de banca e 82% dos assinantes afirmaram que o jornal impresso ficou mais fácil de ler e manusear. E 83% dos que compram em banca responderam que preferiram o novo formato, assim como 74% daqueles que assinam o jornal.
Ao longo de 11 meses de projeto, foram feitas cinco pesquisas para entender as necessidades do leitor e captar reações em relação às mudanças propostas. Na ocasião, 89% disseram preferir o formato berliner.
Ouvidos novamente agora, os leitores confirmaram essa tendência. “Gostei dessa nova versão”,afirmou Jesner Esequiel dos Santos, um dos entrevistados na pesquisa mais recente. “Está mais fácil para a leitura, sem a necessidade de uma mesa, por exemplo”. Para ele, o conteúdo do jornal impresso permanece igual ao de edições anteriores do Estadão.
Relevância
A pesquisa revelou, ainda, que 94% dos entrevistados destacaram a importância que o Estadão tem para o seu dia a dia, pessoal ou profissionalmente”. Para 69% destes leitores, essa relevância do jornal no seu cotidiano continua a mesma e 25% afirmaram que ela “aumentou”.
Para o aposentado Airton de Souza Santos, além da credibilidade e do conteúdo oferecido pelo jornal quase sesquicentenário, há a questão da “aparência” e da facilidade de leitura e de manuseio. “Tem um visual limpo”, observou ele. Habituado a ler o Estadão durante o café da manhã, Santos disse que acompanha o noticiário, ao longo do dia, por meio de aplicativo. Mas ressaltou que ainda prefere se informar pelo jornal impresso.
O aposentado relatou que costuma iniciar a leitura pelo que chamou de “menu”, a Primeira Página, passando, em seguida, para os editoriais e para a página de Opinião. Depois, afirmou, segue com a leitura da Coluna do Estadão e da coluna Direto da Fonte, de Sonia Racy.
A nova pesquisa mostrou também que a mudança de formato do Estadão deixou a marca mais moderna: 76% dos leitores consultados afirmaram que a modernidade “aumentou”, enquanto 19% acreditam que o novo projeto “manteve” a modernidade.
Evolução
Esse avanço na transformação digital do jornal começou em 2017. Em 2020, com apoio da consultoria McKinsey, o processo do Estadão 3.0 foi acelerado em razão da pandemia da covid-19, situação que já levou a uma ampla adaptação interna do jornal, com jornalistas e outros colaboradores passando a trabalhar em home office na produção e publicação de notícias e conteúdos.
No ano passado, o jornal reforçou o ambiente de divulgação multiplataforma de informação, com foco no portal estadao.com.br e no aplicativo, ampliando e diversificando na internet a já consagrada carteira de publicações do jornal impresso. O projeto culminou com o lançamento, em 17 de outubro, do novo Estadão.
Todas essas mudanças têm como alicerce o jornalismo profissional e independente, ativos inegociáveis do jornal. A renovação é orientada pela vontade dos próprios leitores e por experiências internacionais, que refletem o que é o mais adequado à nova forma de se viver e de se consumir informação.
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