Jair Bolsonaro (PL) mais uma vez voltou a fazer alusão à sua vida sexual nesta quarta-feira, 7, durante as comemorações do bicentenário da Independência. Em seu discurso na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, o presidente puxou o coro de “imbrochável” pouco depois de elogiar e beijar a primeira-dama, Michelle, sendo acompanhado pelos apoiadores que acompanhavam a solenidade. Em poucas horas, o termo ganhou repercussão nas redes sociais, e a imprensa internacional se desdobrou para tentar traduzir a expressão.
Em matéria publicada no The New York Times sobre as comemorações do 7 de Setembro, “imbrochável” virou “never limp” (“nunca fraqueja”, em tradução livre). A reportagem destacou o fato de o termo ter sido amplamente entoado por quem estava presente no ato político. “Bolsonaro adotou (o termo) como parte de sua marca política e se juntou ao público no canto”, escreveu o NYT.
O jornal argentino La Nacion preferiu não traduzir a expressão, mas sim explicar o que ela significaria, relembrando ainda que o presidente sugeriu para os apoiadores compararem Michelle com as esposas dos outros candidatos ao Palácio do Planalto. “Ele até aproveitou o cenário de Brasília para dizer que é ‘imbrochável’ (uma forma vulgar de se referir a uma pessoa com muita potência sexual). E desenhou um coro com essas palavras ao público presente.”
Assim como o La Nación, o jornal português Público também ressaltou a atitude de Bolsonaro em comparar as primeiras-damas, e explicou aos leitores que “imbrochável” trata-se de “termo calão para designar um homem sexualmente viril”.
Essa não é a primeira vez que a expressão permeia o noticiário político, tampouco é inédito o esforço da mídia internacional para traduzir “imbrochável”. Em maio do ano passado, o presidente afirmou ser “imbrochável, imorrível e incomível” durante encontro com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. A frase chamou a atenção do The Guardian, que explicou a expressão por meio da palavra “unfloppable” (“infalível”, em tradução livre).
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