A oposição conseguiu reunir as assinaturas necessárias e protocolou novo pedido de CPI mista dos cartões corporativos na noite desta quinta-feira, 14. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) anunciou, em plenário, que obteve 28 assinaturas para o novo requerimento. Para fazer um novo pedido eram necessários pelo menos 27 senadores. Veja também: Entenda a crise dos cartões corporativos Pela 2ª vez, Garibaldi Alves rejeita pedido de CPI dos cartões Briga por comando de CPI ameaça parar Senado Governo indica aliados para postos da CPI dos cartões O pedido de CPI foi devolvido logo após ter sido protocolado nesta quinta porque 35 senadores assinaram documento, no qual constava a palavra "apoiamento", termo que não poderia ter sido usado em um requerimento de abertura de comissão. Essa é a segunda vez que o presidente do Senado devolve um pedido de CPI. Da primeira, Garibaldi apontou trechos acrescidos à mão pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). O requerimento em questão era de uma CPI apenas no Senado. Foi após a devolução do pedido que governo e oposição entraram em acordo para criar a comissão mista. Relator e presidente O deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ) será o relator da CPI mista para investigar os gastos dos cartões corporativos do governo. Com a escolha do deputado petista, confirmada na reunião da liderança do partido nesta quinta-feira, o comando da CPI fica com a base aliada ao governo, já que mais cedo o PMDB definiu como presidente da CPI o senador Neuto de Conto (SC). A escolha pode acirrar ainda mais os ânimos no Congresso. Senadores da oposição - DEM e PSDB - não querem que o governo fique no comando dos postos-chave da CPI e ameaçam obstruir as votações na Casa. Em resposta, os partidos da base aliada dizem apenas que usaram a regra da proporcionalidade, que confere às maiores bancadas o direito de indicar presidente e relator das comissões parlamentares de inquérito. (Com Mair Pena Neto, da Reuters) Texto atualizado às 21h20