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Pablo Marçal: com perfil bloqueado com 13 mi de seguidores, onde candidato pode fazer campanha?

Nome do PRTB à Prefeitura de São Paulo centra esforços em garantir engajamento em contas alternativas

Foto do author Levy Teles

BRASÍLIA — Após a Justiça Eleitoral determinar o bloqueio de seus perfis nas redes sociais, o candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) terá que lidar com outro problema: ele não tem tempo para veicular sua campanha na rádio e na televisão. Por enquanto, ele poderá fazer campanha nas ruas e usar contas alternativas nas plataformas.

É onde, neste momento, ele centra esforços. Até o momento, ele conquistou 1,1 milhão de seguidores no Instagram, número ainda consideravelmente abaixo dos 13,1 milhões de perfis que o acompanhavam na conta oficial.

Marçal fez apelo a seguidores no Telegram para que eles divulguem contas alternativas dele nas redes sociais.  Foto: Werther Santana/Estadão

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Nas contas oficiais, Marçal tem 13,1 milhões de seguidores no Instagram, 2,6 milhões no TikTok, 3,6 milhões no YouTube e 351,9 mil no Twitter. Com exceção do Instagram, os perfis reservas nas demais redes ainda não passam das poucas dezenas de milhares.

“Eu preciso que vocês sigam e compartilhem os nossos novos perfis oficiais em todas as plataformas”, escreveu Marçal em publicação no Telegram neste sábado, 24, divulgando os endereços das contas alternativs. “Cai pra dentro desse movimento e me marca nos stories.”

Na terça-feira, 22, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) divulgou que Marçal e Marina Helena (Novo) são os candidatos que não terão espaço reservado para divulgar propaganda eleitoral gratuita na rádio e na televisão.

Ricardo Nunes (MDB) tem direito a 27 minutos e 20 de inserções diárias, Guilherme Boulos (PSOL) tem 10 minutos, Datena (PSDB) tem dois minutos e 29 segundos e Tabata Amaral (PSB) tem 2 minutos e 10 segundos.

Na decisão que mandou retirar do ar os perfis de Marçal nas redes, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1.ª Zona Eleitoral, menciona indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação na remuneração de usuários para produzir “cortes” e divulgá-los nas redes.

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Para o magistrado, não há transparência sobre o fluxo de recursos usados na monetização do material e diz que a estratégia parece gerar desequilíbrio em relação aos demais candidatos.

A decisão ressalva que Pablo Marçal pode criar novas contas para propaganda eleitoral, desde que não retome a estratégia. A decisão é provisória e Marçal ainda pode recorrer. “Já que não consegue ganhar no voto, tem gente querendo me segurar”, disse Marçal.

A equipe jurídica da campanha de Pablo Marçal disse que a decisão “caracteriza verdadeira censura prévia”. “No palco da democracia não há espaço para nenhum tipo de censura, em especial a prévia e o protagonismo será dos candidatos e eleitores”, escreveram em nota Paulo Hamilton e Reina Filho, da Pomini Advogados.

Nas ruas, ele pode, entre outras coisas, distribuir folhetos, adesivos e outros impressos, usar carro de som, organizar carreatas.

O TikTok, onde ele tem 2,6 milhões de seguidores, foi a primeira rede social a suspender a conta do candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo.

Como mostrou o Estadão, Marçal usa os cortes como estratégia para impulsionar a campanha nas redes. Ele aproveitou os dois debates para a Prefeitura de São Paulo, repletos de trocas de provocações e insultos, para recircular o conteúdo nas redes sociais. Apenas no TikTok, ele ganhou 200 mil seguidores em uma semana usando esse plano.

O Estadão também mostrou que mensagens na comunidade de Marçal no Discord — onde ele reunia e remunerava os perfis que faziam os cortes — foram removidas. As premiações, que chegavam a R$ 10 mil ao campeão do mês e totalizaram R$ 57 mil em maio, fora os pagamentos diários, vinham atraindo cada vez mais participantes.

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