O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), voltou a defender a tese de regulamentação das redes sociais no Brasil. Desta vez, a fala do senador ocorreu em um almoço no Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), na capital paulista, nesta segunda-feira, 20, com a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Pacheco citou a necessidade de criar regras “mínimas para responsabilidade das plataformas”, um método que, segundo ele, evitaria, por exemplo, disseminação de notícias falsas. Em entrevista coletiva, o presidente do Senado citou, como exemplo, ataques contra a atuação das Forças Armadas no Rio Grande do Sul.
“Falei do papel da imprensa nessa história toda. Não só para o (caso do) Rio Grande do Sul, mas para democracia, para justiça eleitoral, para as vacinas, combate à pandemia. Vocês têm papel fundamental de desmentir fake news. Hoje, se usa rede social para ficar veiculando informação falsa, para disseminar ódio, para descredibilizar instituições. Olha o que estão fazendo com o Exército na rede social. Está todo mundo lá trabalhando em favor do Rio Grande do Sul e um monte de fake news, aqueles ‘cardzinhos’ de rede social, atacando o Exército brasileiro, a Marinha, Aeronáutica, o Ministério Público, os políticos. Não é um bom caminho”, disse o presidente do Congresso Nacional.
Durante o almoço, Pacheco e Moraes se sentaram lado a lado e conversaram rapidamente. O ministro do STF saiu logo depois de Pacheco encerrar a palestra.
Pacheco também afirmou que a reforma do Código Civil, analisado no Senado, também foi alvo de mentiras nas redes sociais, principalmente quando tratado sobre o conceito de família. “O Código Civil carece de atualizações, porque nos últimos 20 anos tivemos grande evolução no Brasil, como redes sociais, tecnologia, advento da internet. Tudo se encaminha para uma Comissão Especial. Também vi muitas fake news sobre a questão da família. Diziam que homem poderia casar com cachorro. (A reforma) é uma positivação na lei daquilo que é realidade”, afirmou.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.