Pacheco diz que suspeita contra militares é ‘extremamente preocupante’ e cobra ‘rigor da lei’

Presidente do Senado reforça que não há espaço para ações que atendem contra a democracia

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Foto do author Gabriel Hirabahasi
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou como “extremamente preocupante” as suspeitas contra militares que, segundo a Polícia Federal, tramariam um golpe de Estado que culminaria na morte de Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. Também defendeu que os envolvidos “sejam julgados sob o rigor da lei”, um indicativo contrário à anistia dos envolvidos em todo o processo investigado pelo Supremo Tribunal Federal, cujo ato público foi a destruição do 8 de janeiro.

Em nota divulgada nesta terça-feira, 19, Pacheco disse que são “extremamente preocupantes as suspeitas que pesam sobre militares e um policial federal, alvos de operação da Polícia Federal, na manhã desta terça-feira”.”O grupo, segundo as investigações, tramava contra a democracia, em uma clara ação com viés ideológico. E o mais grave, conforme a polícia, esses militares e o policial federal tinham um plano para assassinar o presidente da República e o seu vice, além de um ministro do Supremo”, declarou.

O presidente do Senado defendeu rigor da lei investigar e punir militares envolvidos em plano terrorista. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado Foto: Jefferson Rudy/Agv™ncia Senado

O senador reiterou que “não há espaço no Brasil para ações que atentam contra o regime democrático, e menos ainda, para quem planeja tirar a vida de quem quer que seja”.”Que a investigação alcance todos os envolvidos para que sejam julgados sob o rigor da lei”, finalizou.

A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta terça contra quatro militares e um policial federal acusados de articularem um plano para matar Lula, Alckmin e Moraes. O plano ‘Punhal Verde e Amarelo’, apreendido com o general reformado do Exército Mário Fernandes – ex-secretário-executivo da Presidência do governo Bolsonaro – previa o assassinato de Lula por envenenamento ou “uso de químicos para causar um colapso orgânico”, considerando a vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais do petista. No planejamento dos militares presos nesta terça-feira, 19, na Operação Contragolpe, Lula era tratado pelo codinome ‘Jeca’ e seu vice, Geraldo Alckmin, era ‘Joca’. Segundo a Polícia Federal, o arquivo “continha um verdadeiro planejamento com características terroristas”.

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